Apesar do acordo de paz assinado no ano passado, que garantiu a Pedro Queiroz Pereira o controlo das "holdings" de topo da Semapa, as irmãs do empresário colocaram uma acção judicial para obrigar a empresa familiar Quinta da Vialonga a revelar as condições em que foram vendidas as suas participações nas “holdings” Sodim e Sonagi, noticia esta quarta-feira o "Diário Económico".

Em causa, refere o jornal, está a venda em meados de 2003 pela Sociedade Agrícola da Quinta da Vialonga (SAQV) das participações accionistas de 2,6% da Sodim e de 14,02% da Sonagi à Vértice, empresa controlada pela mãe dos três.

As irmãs de Queiroz Pereira alegam que se tratou de uma venda feita pela usufrutuária a si própria, que teria permitido ao empresário assegurar o controlo das “holdings” no âmbito da disputa familiar pelo controlo da Semapa.

O objectivo de Maude e Margaridade Queiroz Pereira com a acção, diz ainda o jornal, será anular estes negócios.

Já no quadro do processo judicial, a SAQV informou as irmãs de Queiroz Pereira que as vendas foram feitas por 45 euros por acção no caso da Sodim, num total de 3,2 milhões de euros, e 4 euros por acção no da Sonagi, o que corresponde a 5,6 milhões de euros.

Em Dezembro do ano passado, no entanto, já após o acordo que deu ao empresário o controlo da Semapa, a venda de 14,02% da Sonagi foi anulada por acordo entre a SAQV e a Vértice.