Notícia
Patrão da Yukos condenado por fraude e evasão fiscal
Michael Khodorkovsy, antigo CEO da petrolífera russa Yukos, foi hoje considerado culpado das acusações de fraude e evasão fiscal que o levaram a julgamento. A sentença, que poderá atingir os 10 anos de prisão, deverá ser conhecida nos próximos dias.
Michael Khodorkovsy, antigo CEO da petrolífera russa Yukos, foi hoje considerado culpado das acusações de fraude e evasão fiscal que o levaram a julgamento. A sentença, que poderá atingir os 10 anos de prisão, deverá ser conhecida nos próximos dias.
Os juízes do Tribunal de Meschchansky, em Moscovo, consideraram que Khodorkovsy e Platon Lebedev, os dois "homens-fortes" da Yukos nos últimos anos, foram culpados das seis acusações que lhes foram lançadas – três por fraude, uma por evasão fiscal e duas por desrespeito a ordens judiciais.
A leitura da sentença irá decorrer nos próximos dias e além destas acusações poderão ser feitas novas queixas por parte do Ministério Público, num caso que os advogados de defesa dizem ter "motivações políticas".
Khodorkovsy, que já foi o homem mais rico da Rússia, liderou o Grupo Menatep, que em 1995 adquiriu a Yukos ao Estado por 309 milhões de dólares. Menos de dez anos volvidos, a empresa, maior petrolífera do país, valia 37 mil milhões de dólares, mas entrou em colapso no final de 2004 depois de ter sido condenada a pagar multas fiscais no valor de 28 mil milhões de dólares.
O líder da Yukos entrou em rota de colisão com o presidente russo, Vladimir Putin, quando tentou impedir que o Governo aumentasse os impostos aplicados às petrolíferas, e sobretudo quando começou a financiar partidos políticos da oposição.
Putin, por sua vez, já rejeitou a tese de que as acusações à Yukos e a Khodorkovsky tenham motivação política, referindo que se tratam de meras investigações fiscais, à semelhança do que aconteceu nos EUA com a Enron e a WorldCom.
As acções da Yukos valorizavam 2,4% para os 15 rublos, o que avalia a empresa em cerca de 1,2 mil milhões de dólares.