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Participada da Brisa conclui captação para novas concessões e compras

  A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), participada da Brisa para o mercado brasileiro, concluiu a operação de 150 milhões de reais (44 milhões de euros) em obrigações, que vai ser usada para financiar as novas possíveis concessões federais e compr

11 de Abril de 2005 às 17:46
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A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), participada da Brisa para o mercado brasileiro, concluiu a operação de 150 milhões de reais (44 milhões de euros) em obrigações, que vai ser usada para financiar as novas possíveis concessões federais e compras de concorrentes. Arthur Piotto Filho disse ao Jornal de Negócios Online que as eventuais aquisições deverão estar concluídas até Agosto.

A operação, anunciada hoje, foi concluída no dia 31 de Março. A procura foi três vezes superior à oferta, atingindo um valor total de 452,7 milhões de reais (134 milhões de euros).

Segundo disse Eduardo Camargo, gerente de tesouraria, ao Jornal de Negócios, a empresa aproveitou a forte procura para baixar o preço de custo, mas não aumentou o montante da oferta inicial.

 De acordo com as suas informações, a CCR tem uma autorização do regulador do mercado de capitais para realizar mais operações no valor de 250 milhões de reais (74 milhões de reais) em emissões obrigacionistas.

«Esta demanda mostra a avaliação da CCR está positiva», destaca o gerente de tesouraria.

Durante o processo de emissão, as obrigações, chamadas de debêntures no Brasil, atraíram a atenção de 29 investidores, sendo que a alocação foi realizada com 19 investidores. Todos brasileiros, entre fundos de pensão e de investimento A liquidação financeira desta operação ocorreu em 6 de Abril de 2005.

O banco Pactual foi o coordenador líder da operação, tendo sido auxiliado pelo Itaú BBA e o Santander.

A emissão tem prazo de seis anos, sendo três de carência, com juros semestrais e amortização anual a partir do 36º mês.

Novas compras antes da conclusão do concurso federal

Esta emissão faz parte da política de crescimento da CCR, que tem por objetivo aumentar e diversificar a rede de rodovias administradas pelas suas concessionárias.

Em Outubro passado, a CCR adquiriu o controlo total da ViaOeste, empresa que opera quatro rodovias, entre elas a Castello Branco e Raposo Tavares, em São Paulo.

Dentro desta política, a empresa brasileira está interessada em crescer quer por via das novas concessões rodoviárias federais que serão licitadas em Agosto quer por via de aquisições de concorrentes.

Arthur Piotto Filho lembrou o que havia dito ao Jornal de Negócios que continua em negociações para comprar duas concorrentes. «Tudo o que posso dizer é que devemos ter alguma notícia antes do final do processo de licitação das rodovias federais», adiantou a mesma fonte.

O Governo brasileiro vai licitar oito trechos no total de 3.059,18 quilómetros de estrada, acreditando que deva atrair cerca de 24 empresas para cada trecho. A CCR que já controla 1.445 quilómetros de estrada, está interessada em aumentar os seus activos.

No mercado circula que a CCR possa também estar interessada em comprar a EcoRodovias, que também interesse à Itinere Brasil, da Sacyr/Somague.

«A capacidade de endividamento da CCR ainda é grande. Trabalhamos atualmente com uma margem inferior da que é normalmente praticada pelo mercado. Essa emissão faz parte da estratégia de funding da CCR para viabilizar o crescimento do grupo por meio de novos negócios», segundo Renato Vale, presidente da CCR.

A companhia fechou 2004 com uma dívida total de 1,1 mil milhões de reais (325 milhões de euros) e uma dívida líquida de 600 milhões de reais (178 milhões de euros).

Para concluir essas aquisições e eventualmente alguma nova concessão federal, a empresa pode recorrer a empréstimos do BNDES, avançou Eduardo Camargo.

*Correspondente em São Paulo

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