Notícia
Parpública comprou ações dos CTT por ordem do Governo
Existe ainda uma participação "secreta" da Parpública nos CTT, inferior a 2%. Compra das ações teve lugar numa altura em que Governo procurava garantir o apoio do Bloco de Esquerda para aprovar o Orçamento do Estado para 2021.
02 de Janeiro de 2024 às 09:05
A Parpública adquiriu ações dos CTT, entre 2020 e 2021, por ordem do Governo, mantendo atualmente uma participação não-qualificada no capital da empresa que gere o serviço universal de correios, que nunca foi divulgada, noticia, esta segunda-feira, o Jornal Económico.
Segundo o jornal, a compra das ações dos CTT teve lugar numa altura em que o governo de António Costa procurava garantir o apoio do Bloco de Esquerda (BE) para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, o último da "geringonça" e o BE exigia uma reversão da privatização dos CTT, pelo que o Governo socialista comprometeu-se então a construir uma participação pública na empresa de correios, através da compra de ações no mercado de forma sigilosa, pela Parpública.
Contudo, a administração da "holding" do setor empresarial do Estado exigiu que a ordem fosse dada por escrito, razão pela qual existe um despacho, assinado pelo então ministro das Finanças João Leão, a instruir a Parpública nesse sentido. De acordo com o Jornal Económico, o processo deveria ter sido gradual e dar origem a uma participação significativa do Estado no capital da empresa, mas a queda do Governo, no final de 2021, travou a operação.
Segundo o jornal, a compra das ações dos CTT teve lugar numa altura em que o governo de António Costa procurava garantir o apoio do Bloco de Esquerda (BE) para aprovar o Orçamento do Estado para 2021, o último da "geringonça" e o BE exigia uma reversão da privatização dos CTT, pelo que o Governo socialista comprometeu-se então a construir uma participação pública na empresa de correios, através da compra de ações no mercado de forma sigilosa, pela Parpública.