A Parmalat anunciou que vai abrir falência, logo após o Governo italiano aprovar uma medida que acelere o processo de reestruturação da companhia de lacticínios. Um jornal italiano dá conta que a empresa deve ter vindo a falsificar as contas desde há 15 anos.

O Governo italiano já aprovou ontem um decreto que vai facilitar a reestruturação da Parmalat, após a declaração de falência e protecção de credores, prevista para esta semana.

O ministro da indústria de Itália, António Marzano, anunciou que com este procedimento, o Governo pode nomear um gestor para iniciar a recuperação da Parmalat muito mais rápida.

Os executivos da Parmalat devem ter vindo a falsificar as contas da companhia desde há 15 anos, noticia, esta manhã, o jornal «Corriere della Sera».

A Parmalat segue com transacções questionáveis no montante de 13 mil milhões de euros.

A companhia tinha agora duas alternativas face à lei italiana, ou aproveita o decreto do governo para acelerar a reestruturação ou opta pelo lei de 1999 que permite às companhias a continuar a operar.

A empresa pediu protecção judicial contra credores para reestruturar a companhia.

A Parmalat não consegue documentar cerca de 9 mil milhões de euros de fundos registados na sua contabilidade nem cumprir as suas obrigações financeiras, como o pagamento de empréstimos e obrigações.

Este caso é o maior escândalo financeiro na Europa depois da retalhista holandesa Ahold ter inflacionado os lucros.