Notícia
Objetivo do programa é "aumentar ou impactar o PIB nacional em cerca de 2%"
Arrancou esta quarta-feira uma parceria entre o Negócios e a Nova SBE em torno do "Voice Leadership Iniciative". Todas as semanas, no espaço do Negócios no canal NOW, será apresentada uma PME que aderiu a este programa que deu os primeiros passos em 2023.
O "Voice Leadership Iniciative" é um programa de capacitação de cerca de cinco mil gestores de pequenas e médias empresas (PME), que funciona através de duas componentes: formação e mentoria. O diretor académico do programa, Emanuel Gomes, explica que o "objetivo do programa é ajudar estas empresas a melhorar a sua competitividade e, no cômputo geral, aumentar ou impactar o PIB a nível nacional em cerca de 2%".
O programa tem uma rede de parceiros internos que conta com cerca de 64 formadores e mais de 450 mentores. Contudo, como sublinha o professor da Nova SBE, "um programa desta dimensão passa pela lógica de colaboração, parcerias, sinergias, complementariedade", logo o projeto conta ainda com parceiros externos, como empresas, associações e entidades públicas.
A formação é feita através do recurso a tecnologias online e depois existe uma componente presencial. No início, em 2023, a parte presencial era realizada no campus da universidade, em Carcavelos, mas foi crescendo. "Felizmente temos tido a capacidade de podermos também fazer presencialmente noutras partes do país, nomeadamente no Porto, nos Açores e esperemos que muito brevemente também na Madeira", refere.
Questionado sobre as principais dificuldades que as empresas apresentam, a internacionalização e o uso de novas tecnologias dominam.
"Alguns revelam uma insatisfação a nível da escala, ou seja, a escala do negócio é difícil de aumentar e como tal têm necessidade de internacionalizar. Para tal, necessitam de tentar perceber como começar o processo de internacionalização, aprender para onde, como escolher os mercados. Outros participantes têm a ver mais com olhar para toda a transformação digital, AI e todas as tecnologias quem olham como sendo uma ameaça e nós ajudámos a entender que não", enumera o docente.
Além disso, acrescenta, há PME que têm "dificuldade em entender o comportamento dos colaboradores, por exemplo, as gerações mais novas, que não fazem questão de fazer uma carreira de 25 anos na mesma empresa, mas têm uma mobilidade não apenas de empresa para empresa, mas de cidade, de país, mudar para outros países. Como lidar com esta nova geração a nível de retenção, a nível de motivação. Outros desafios têm a ver mais com a necessidade de inovação contínua, enfim, os desafios são vários e nós procuramos no programa, como temos seis blocos de formação, ir ao encontro dessas várias necessidades".