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Órgão de fiscalização das secretas vai investigar fugas de informação

Conselho de Fiscalização, que está sob a tutela do Parlamento, vai lançar uma investigação própria às notícias que envolvem o SIS, o SIED, a Ongoing e Bernardo Bairrão, noticia o “Público”.

26 de Julho de 2011 às 08:56
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O órgão de fiscalização das polícias secretas portuguesas, que funciona sob a tutela da Assembleia da República, vai avançar com uma investigação própria ao caso que envolve o Serviço de Informações Secretas (SIS), o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), relativamente às alegadas investigações do SIS a Bernardo Bairrão, antigo administrador da Media Capital, e à fuga de informação sobre este dossiê do SIED para a Ongoing.

A decisão do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informação da República Portuguesa de avançar com uma investigação foi confirmada pelo presidente deste órgão, o antigo deputado socialista, Marques Júnior. O assunto “não passa ao lado daquela que é a missão do Conselho”, garantiu o ex-parlamentar ao “Público”, adiantando que este órgão tem “interesse em encontrar uma resposta o mais rapidamente possível”.

Marques Júnior esclareceu ainda que esta investigação é independente da iniciativa anunciada pelo primeiro-ministro de pedir ao Serviço de Informações da República Portuguesa (SIRP) que investigue o caso com urgência, pelo que os resultados deverão chegar às mãos de Pedro Passos Coelho num prazo de dez dias.

O caso surgiu depois de, há pouco mais de uma semana, o “Expresso” ter noticiado que o Governo tinha solicitado ao SIS que investigasse os negócios de Bernardo Bairrão em Angola, já depois de o gestor ter sido convidado para ser secretário de Estado da Administração Interna. Um cargo que nunca chegou a assumir por razões que nunca foram claramente esclarecidas.

No último sábado, o “Expresso”, adiantava que o anterior director do SIED, Jorge Silva Carvalho, teria passado informação à Ongoing poucas semanas antes de abandonar o cargo e ingressar nos quadros daquele grupo empresarial, com interesses na Portugal Telecom e na comunicação social – controla o “Diário Económico” e tem 23% da Impresa, dona do “Expresso” – e cujas relações com o grupo de Francisco Pinto Balsemão são tensas.
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