Notícia
O que atrai uma "imensa minoria" a um festival alternativo
A música alternativa é o principal activo do Optimus Primavera Sound, capaz de arrastar milhares de pessoas que vivem a iguais milhares de quilómetros de distância. A edição portuguesa do festival juntou-lhe muito mais: do cenário natural a uma direcção artística, passando pelo "wine bar" e pelo "bed & breakfast", que dá "cama" a hospitalidade tripeira.
A música
É sempre o ponto de partida para um festival e neste caso oferece um “conteúdo de referência”: a música independente e alternativa, que é aquela que hoje dita para onde é que vai a música. São mais de 60 bandas (ver o cartaz completo nos quatro palcos) que atraem uma imensa minoria (ela própria exercendo uma grande influência nos passos futuros da arte), neste caso com a chancela privilegiada de uma marca internacional fortíssima, como a Primavera Sound.
O cenário
O Parque da Cidade, bem no coração da cidade, relvado e com o mar ali mesmo ao lado, é o local onde tudo se vai passar nos próximos dias. Uma localização privilegiada que a organização quis que fosse um trunfo, não deixando que durante aqueles dias deixasse de ser um parque. Para fazer com que o cenário não fosse um mero detalhe as infraestruturas pesadas e feias que normalmente ocupam os recintos dos festivais deram lugar a poucos materiais, uma imagem mais cuidada, com as marcas menos visíveis e com menos repetição de mensagens.
Um director artístico
O festival contratou um artista plástico para fazer cenografia, outra coisa rara num festival de música. Funcionando como uma ASAE da estética, como lhe chamou um membro da organização, João Paulo Feliciano criou, por exemplo, uma espécie de instalação (que ela própria valoriza o festival) para serem colocadas as marcas de forma mais cuidadosa, substituindo as habituais telas dos patrocinadores. Os palcos são todos envolvidos por uma manta camuflada gigante para preservar o binómio parque – música; a zona VIP da Optimus não é o habitual stand assente em tubos e coberto de lonas, mas uma “casa de campo” forrada a madeira.
O “wine bar”
E se em vez de andar aos encontrões a beber cerveja – que também haverá –, por que não poder estar deitado na relva a beber um copo de vinho de qualidade enquanto acompanha os concertos? Visando proporcionar uma experiência pouco habitual num festival de música, a organização convidou alguns dos melhores produtores do Douro para explorar um bar de vinho. Vieram os “Douro Boys” – Cristiano Van Zeller, Dirk Niepoort, Francisco Ferreira, Francisco Olazabal e Miguel Roquette –, que representam, respectivamente, a Quinta do Vale D. Maria, Niepoort, Quinta do Vallado, Quinta do Vale Meão e Quinta do Crasto.
O “bed & breakfast”
O Porto tem tradição de ser hospitaleiro, de gostar de receber e de gostar que os estrangeiros gostem e aproveitem as suas coisas. E se, além de conhecerem e partilharem a experiência em torno da música com os visitantes estrangeiros (serão quase 70% dos festivaleiros), os receberem na sua própria casa durante alguns dias, ganhando ainda uns euros com isso? Foi isso que a Optimus pensou, lançando uma plataforma ‘online’ para que os “nativos” colocassem as suas ofertas e para quem quisesse escapar aos hotéis e procurasse alojamento particular pudesse encontrar um sofá, um quarto ou uma casa completa onde ficar no Porto. Entre a oferta e a procura, houve 18 mil pessoas que utilizaram a aplicação do Bed & Breakfast. Por exemplo, o concorrente que venceu o concurso para ter uma banda a tocar na sua própria casa para os amigos, vai ele próprio receber cinco ingleses.
As bicicletas
Outra das acções de activação da marca patrocinadora principal foi a construção de um parque de bicicletas com 500 lugares para convidar as pessoas a chegarem de bicicleta ao recinto (que está ligado a uma ciclovia de 17 quilómetros), oferecendo onde guardá-las em segurança e de forma gratuita, com a garantia adicional de uma doação de um euro ao Hospital de São João.
A toalha de piquenique
Outra iniciativa da Optimus que promete acrescentar alguma singularidade a este festival de música é o saco laranja, que se transforma em toalha de piquenique, para permitir aos visitantes deitar-se na relva enquanto ouvem música e bebem um copo de vinho num parque extenso, com um lago em frente e o mar à direita.
É sempre o ponto de partida para um festival e neste caso oferece um “conteúdo de referência”: a música independente e alternativa, que é aquela que hoje dita para onde é que vai a música. São mais de 60 bandas (ver o cartaz completo nos quatro palcos) que atraem uma imensa minoria (ela própria exercendo uma grande influência nos passos futuros da arte), neste caso com a chancela privilegiada de uma marca internacional fortíssima, como a Primavera Sound.
O Parque da Cidade, bem no coração da cidade, relvado e com o mar ali mesmo ao lado, é o local onde tudo se vai passar nos próximos dias. Uma localização privilegiada que a organização quis que fosse um trunfo, não deixando que durante aqueles dias deixasse de ser um parque. Para fazer com que o cenário não fosse um mero detalhe as infraestruturas pesadas e feias que normalmente ocupam os recintos dos festivais deram lugar a poucos materiais, uma imagem mais cuidada, com as marcas menos visíveis e com menos repetição de mensagens.
Um director artístico
O festival contratou um artista plástico para fazer cenografia, outra coisa rara num festival de música. Funcionando como uma ASAE da estética, como lhe chamou um membro da organização, João Paulo Feliciano criou, por exemplo, uma espécie de instalação (que ela própria valoriza o festival) para serem colocadas as marcas de forma mais cuidadosa, substituindo as habituais telas dos patrocinadores. Os palcos são todos envolvidos por uma manta camuflada gigante para preservar o binómio parque – música; a zona VIP da Optimus não é o habitual stand assente em tubos e coberto de lonas, mas uma “casa de campo” forrada a madeira.
O “wine bar”
E se em vez de andar aos encontrões a beber cerveja – que também haverá –, por que não poder estar deitado na relva a beber um copo de vinho de qualidade enquanto acompanha os concertos? Visando proporcionar uma experiência pouco habitual num festival de música, a organização convidou alguns dos melhores produtores do Douro para explorar um bar de vinho. Vieram os “Douro Boys” – Cristiano Van Zeller, Dirk Niepoort, Francisco Ferreira, Francisco Olazabal e Miguel Roquette –, que representam, respectivamente, a Quinta do Vale D. Maria, Niepoort, Quinta do Vallado, Quinta do Vale Meão e Quinta do Crasto.
O “bed & breakfast”
O Porto tem tradição de ser hospitaleiro, de gostar de receber e de gostar que os estrangeiros gostem e aproveitem as suas coisas. E se, além de conhecerem e partilharem a experiência em torno da música com os visitantes estrangeiros (serão quase 70% dos festivaleiros), os receberem na sua própria casa durante alguns dias, ganhando ainda uns euros com isso? Foi isso que a Optimus pensou, lançando uma plataforma ‘online’ para que os “nativos” colocassem as suas ofertas e para quem quisesse escapar aos hotéis e procurasse alojamento particular pudesse encontrar um sofá, um quarto ou uma casa completa onde ficar no Porto. Entre a oferta e a procura, houve 18 mil pessoas que utilizaram a aplicação do Bed & Breakfast. Por exemplo, o concorrente que venceu o concurso para ter uma banda a tocar na sua própria casa para os amigos, vai ele próprio receber cinco ingleses.
As bicicletas
Outra das acções de activação da marca patrocinadora principal foi a construção de um parque de bicicletas com 500 lugares para convidar as pessoas a chegarem de bicicleta ao recinto (que está ligado a uma ciclovia de 17 quilómetros), oferecendo onde guardá-las em segurança e de forma gratuita, com a garantia adicional de uma doação de um euro ao Hospital de São João.
A toalha de piquenique
Outra iniciativa da Optimus que promete acrescentar alguma singularidade a este festival de música é o saco laranja, que se transforma em toalha de piquenique, para permitir aos visitantes deitar-se na relva enquanto ouvem música e bebem um copo de vinho num parque extenso, com um lago em frente e o mar à direita.