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Nunca tinham sido criadas tantas empresas como em 2023: foram 51.320

TVDE, construção de edifícios e restaurantes tradicionais lideram criação de empresas no ano passado que, pela primeira vez, superaram as 50 mil, de acordo com barómetro da Informa D&B.

TVDE liderou criação de empresas com novo máximo: 4.791 em 2023. António Cotrim/Lusa
Diana do Mar dianamar@negocios.pt 08 de Janeiro de 2024 às 10:58
Durante o ano de 2023 foram criadas 51.320 empresas em Portugal, o registo mais elevado de sempre, ultrapassando pela primeira vez as 50 mil, revela a Informa D&B.

De acordo com dados do barómetro da consultora, a constituição de empresas mostra "uma recuperação robusta desde a queda verificada em 2020", o primeiro ano da pandemia, tendo crescido 4,7% ao longo do ano passado, o que significa que nasceram mais 2.302 empresas do que em 2022.

A criação de empresas foi praticamente transversal à grande maioria dos setores, embora seja de destacar os transportes, construção, alojamento e restauração, já que concentram um terço das novas empresas criadas em 2023.

Nos transportes, a subida deve-se ao transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros, a atividade que mais viu crescer o número de constituições em 2023, assinala a Informa D&B, dando conta de que, desde a entrada em vigor do regime jurídico do TVDE, em 2018, esta atividade tem vindo a liderar o crescimento das constituições de empresas em Portugal, atingindo em 2019 um dos valores mais altos (3.239 constituições de empresas) e agora em 2023 um novo máximo (4.791 constituições de empresas).

Segue-se a construção, que mantém a tendência de crescimento erguida desde 2020, a qual registou em 2023 o valor mais alto de constituições da última década, sobressaindo, em particular, a construção de edifícios (residenciais e não residenciais).

A fechar o pódio, com um crescimento de 10% face a 2022, surge o alojamento e restauração que teve em 2023 uma das maiores subidas na criação de empresas, designadamente nos restaurantes tradicionais.

Em sentido inverso, houve atividades que sentiram um recuo no aparecimento de novas empresas. Foi o caso das atividades imobiliárias (-987 constituições; -17%), das tecnologias da informação e comunicação (-72 constituições; -2%) e das indústrias (-63 constituições; -3%), de acordo com o barómetro da Informa D&B.

A consultora assinala que tanto no primeiro como no segundo caso houve uma inversão na tendência de crescimento dos últimos anos, enquanto nas indústrias, ramo responsável pelo maior volume de negócios e exportações do tecido empresarial, o recuo de 2023 reforça uma trajetória decrescente verificada na última década.

Insolvências crescem

No que toca aos encerramentos, a Informa D&B dá conta de que, ao longo do ano passado, houve 13.362 empresas que fecharam portas, o que traduz uma descida de 9% em termos homólogos, embora ressalve que os dados são provisórios (atendendo a que à data de hoje ainda existem publicações a efetuar pelo Registo Comercial).

Com efeito, perspetiva a consultora, "analisando a tendência dos últimos meses, é de esperar que os encerramentos de empresas em 2023 superem os de 2022, assinalando o segundo ano consecutivo de subida deste indicador.

Já as insolvências aumentaram 18%, com 1.917 novos processos. Este crescimento segue-se a dois anos com "valores anormalmente baixos" neste indicador e que, segundo a  Informa D&B, refletiram o efeito de muitas das medidas de apoio iniciados no período pandémico. Ainda assim, o número de processos de insolvências está 13% abaixo de 2019, o último ano antes da pandemia, realça.

A subida deste indicador foi transversal a quase todos os setores de atividade, com exceção do alojamento e restauração, agricultura e outros recursos naturais e energias e ambiente, que registaram menos processos de insolvência do que no ano anterior. O setor das indústrias foi o que mais aumentou o número de processos de insolvências em 2023 (+148 processos de insolvência; +47%), uma subida que representa mais de metade do aumento total.




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