Notícia
Número de empresas insolventes em Portugal acelerou 11,5% no primeiro trimestre
A conclusão é de uma análise da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, que estima que a tendência de crescimento deverá manter-se ao longo do ano. Cidade do Porto viu o maior número de insolvências no país nos primeiros três meses do ano.
O maior número de insolvências observou-se em empresas com uma faturação abaixo dos 500 mil euros, que integram o segmento de micro e pequenas empresas, e naquelas com dez anos ou mais, sendo que o setor dos serviços foi o mais afetado, seguido pelo da construção e do retalho.
As cidades do Porto e Lisboa viram o maior número de insolvências no país, tendo estas aumentado 15% face ao primeiro trimestre do ano anterior na cidade invicta. Já na capital portuguesa o número caiu 6%, sendo que, ainda assim, ocupou a segunda posição.
O aumento, segundo a COSEC, acontece num contexto económico marcado por elevadas pressões inflacionistas, "podendo muitas empresas não ter conseguido fazer face ao aumento dos custos".
Tendência deverá manter-se
A perspetiva da companhia de seguros de créditos é de que o número continue a aumentar ao longo do ano. "As insolvências devem crescer 19% em Portugal", afirma o CEO da empresa, Vassili Christidis, em comunicado.
E o cenário não é restrito a território português. "No caso da Zona Euro, as expectativas da Allianz Trade – nossa acionista – apontam para uma subida de 23%", refere, acrescentando que haverá efeitos de solvabilidade das empresas com o fim dos apoios atribuídos pelos governos para combater a covid-19.
Na Alemanha, por exemplo, as insolvências deverão subir 22%, segundo a Allianz Trade, enquanto em França o número deverá disparar para os 41%.
"Os Países Baixos também deverão vivenciar uma subida expressiva das insolvências", diz a empresa de seguros de créditos, antecipando um crescimento na casa dos 52%. O Reino Unido, por sua vez, deverá ver um aumento de 16%.
Já nas maiores potencias económicas a nível mundial, Estados Unidos e China, o número de empresas insolventes deverá subir 49% e 4%, respetivamente.