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Insolvências vão crescer: Portugal entre os países com maior aumento

Relatório global da Allianz Trade aponta para um aumento das insolvências de 17% em 2023 e 19% no próximo ano. A nivel global, crescimento será de 6% este ano e 10% no próximo.

Os compromissos individuais das empresas para o aumento do emprego jovem não são divulgados. As projeções são em relação a valores globais.
Istockphoto
18 de Outubro de 2023 às 13:14
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Portugal está entre os países onde o número de insolvências mais vai crescer até ao final do próximo ano. A conclusão consta do mais recente relatório da Allianz Trade. 

A seguradora estima que o país registe um aumento de 17% em 2023 e 19% no próximo ano. "Este cenário surge numa altura em que os especialistas da Allianz reviram recentemente em baixa as projeções para a economia portuguesa este ano, prevendo agora que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional avance 2,3%", refere a Allianz Trade. 

O aumento em Portugal supera o previsto a nível mundial: 6% este ano e 10% no próximo.

Na base do crescimento, segundo a Allianz Trade, está "a diminuição das reservas de tesouraria e deterioração da rentabilidade". 

"A diminuição das receitas das empresas está a ganhar força num contexto de menor poder de fixação de preços e de uma procura mundial mais fraca. A partir do segundo trimestre deste ano, o recuo das receitas foi generalizado em todas as regiões pela primeira vez desde meados de 2020 (-1,9% y/y). Esta situação, combinada com a persistência de custos elevados, está a reduzir a rentabilidade. Consequentemente, as posições de liquidez estão a piorar rapidamente e não é provável que melhorem antes de 2025", explica, detalhando que os setores mais vulneráveis são o da hotelaria, transportes e comércio retalhista.

O relatório estima mesmo que até ao próximo ano três em cada cinco países atinjam níveis de insolvência pré-pandemia. "No final deste ano, a normalização das insolvências das empresas estará concluída na maioria das economias avançadas e 55% dos países registarão, provavelmente, grandes aumentos de dois dígitos. Entre estes, contam-se os EUA (+47%), França (+36%), os Países Baixos (+59%), o Japão (+35%) e a Coreia do Sul (+41%)", destaca o relatório, realçando que o crescimento do PIB teria de duplicar para estabilizar os números da insolvência.

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