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Novos negócios e novos accionistas levam Impresa a disparar
A Impresa negociava em máximos de 2001, beneficiando da entrada no seu capital de um fundo espanhol. Operações corporativas - como o acordo firmado com a Teresa Guilherme Produções, o lançamento de ADSL e de um eventual entendimento com a Media Capital pa
A Impresa negociava em máximos de 2001, beneficiando da entrada no seu capital de um fundo espanhol. Operações corporativas - como o acordo firmado com a Teresa Guilherme Produções, o lançamento de ADSL e de um eventual entendimento com a Media Capital para a televisão digital terrestre - têm ajudado a espevitar o comportamento das acções.
As acções da Impresa [IPR] já estiveram a negociar em alta de 4,73% para os 3,10 euros, máximos de Março de 2001.
Com mais de 780 mil acções movimentadas, o papel seguia agora em alta de 3,72% para os 3,07 euros, o que avalia a empresa em 517 milhões de euros.
Com um forte suporte do lado da procura ao longo das última semanas, hoje foi comunicado que o fundo espanhol Bestinver Gestion passou a controlar 7,16% do capital da empresa presidida por Pinto Balsemão.
Segundo as explicações de um analista ao Jornal de Negócios Online, existem vários factores que têm estado a suportar o título.
Por um lado, a compra da Teresa Guilherme Produções por parte da Impresa que, para os analistas do CaixaBI "faz todo o sentido" do ponto de vista estratégico.
O grupo anunciou ontem que a SIC (o maior activo do grupo) chegou a acordo com Teresa Guilherme para a criação de uma nova produtora de televisão. A Terra do Nunca Produções (TDN) é o nome da nova empresa, que terá por objecto "a produção de programas para televisão, em particular na área da ficção".
A compra, depois de garantir o controlo de 60% do capital, "irá permitir consolidar a TDN no balanço da Impresa, com impacto positivo a nível da margem do EBITDA. Já o contributo para a facturação do grupo será mínimo, já que a TDN irá produzir apenas conteúdos para o grupo".
Segundo o mesmo analista, a recuperação da economia também já começa a estar reflectida nas contas da Impresa, "já que a publicidade está ligada, através de um factor multiplicativo, à evolução do PIB".
Recentemente (a 10 de Julho), Francisco Pinto Balsemão, confirmou a existência de conversações com a Media Capital para formar um consórcio entre os dois grupos no âmbito da participação no concurso para a implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal, uma possibilidade que também foi aplaudida pelos analistas do BPI que classificaram o eventual acordo de "potencialmente positivo".
Um outro analista contactado pelo Jornal de Negócios Online afirmou que a TDT, "dificilmente terá um impacto positivo a curto prazo", pelo que a existência de parcerias nestes negócios "é natural" numa lógica de partilha de riscos.
A publicação "Meios e Publicidade" também avançou ontem que a unidade Impresa Digital está a preparar para Setembro o lançamento de um pacote de acesso ADSL, sob a marca AEIOU.