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Nova central de energia da Galp fica em São Torpes

A nova central de ciclo combinado da Galp Power, vai ser construída em São Torpes, na ZIL (Zona Industrial Ligeira), em terreno da Apiparques, junto à central da EDP.

31 de Julho de 2007 às 13:59
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A nova central de ciclo combinado da Galp Power, vai ser construída em São Torpes, na ZIL (Zona Industrial Ligeira), em terreno da Apiparques, junto à central da EDP.

Após a polémica suscitada pela intenção de construir a central na zona portuária da cidade, ideia rejeitada pela própria câmara municipal e pelo Ministério do Ambiente, o presidente da autarquia de Sines, Manuel Coelho, diz que "está de acordo com esta localização", faltando agora o parecer do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, que deverá ser conhecido em Setembro.

O relatório técnico sobre a avaliação do impacte ambiental da nova central encontra-se em fase de consulta pública até ao dia 14 de Agosto. Para Augusto Ramos, representante da Agência Portuguesa do Ambiente, citado pelo jornal online "Setúbal na rede", esta primeira fase de consulta é "muito importante", visto que permite que as pessoas possam "esclarecer as suas dúvidas" acerca do projecto e "participar" nele.

Portugal vê-se obrigado a importar energia eléctrica de Espanha, uma vez que não possui centrais eléctricas suficientes, pagando os portugueses mais do que os habitantes do país vizinho.

Para André Ribeiro, representante da Galp Energia, o investimento nesta área é "inevitável" e este é um empreendimento "muito importante, do ponto de vista empresarial", para a Galp.

A central de ciclo combinado será constituída por uma turbina a gás e um ciclo a vapor, para produção de energia eléctrica. O projecto passa ainda pela criação de uma linha eléctrica aérea e um gasoduto de abastecimento de gás natural, de pequena dimensão mas que, de acordo com a engenheira do ambiente responsável pelo relatório técnico de avaliação do impacte ambiental, constituirá "uma alternativa ao gasoduto do Magrebe".

Ana Teresa Chinita, referida pelo mesmo jornal, esclarece que vão ser utilizadas "tecnologias modernas" e que a central terá rendimentos "superiores" às centrais termoeléctricas convencionais, para além de haver menores valores de poluição e de desperdício de matérias-primas.

A técnica reconhece que há impactos negativos, mas que serão "mínimos", garantindo que este tipo de energia é "mais eficiente, económica e limpa", não provocando alterações a nível local. A engenheira do ambiente assegura que a central "cumprirá a legislação em vigor", no que diz respeito às emissões de dióxido de azoto, monóxido de carbono e pequenas partículas.

Manuel Coelho assume a importância da central e anuncia que "vêm aí mais investimentos na área", com o intuito de "deixar" a energia fóssil e "passar para outro ciclo". O presidente da câmara de Sines pretende "equilibrar" a actividade industrial com a turística e piscícola, neste que considera ser "o município mais urbano e cosmopolita de todo o Alentejo" e manifesta o desejo de que esta nova central possa criar novos postos de trabalho no município. Este desejo é confirmado por André Ribeiro, que afirma que "a Galp tem todo o interesse em empregar trabalhadores locais", tendo consciência da sua "responsabilidade social".

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