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Nova associação empresarial cobra quota anual de 25 mil euros
A Business Roundtable Portugal vai recolher mais de um milhão de euros por ano junto das 42 empresas fundadoras. Os estatutos determinam que futuros membros devem ter "atividade económica relevante" no mercado interno.
A recém-criada Business Roundtable Portugal (BRP), que tem como primeiro presidente o "chairman" do grupo José de Mello, vai aplicar uma quota de 25 mil euros anuais às empresas associadas. O montante será revisto a cada três anos.
Segundo os estatutos da mais recente associação empresarial em Portugal, citados pelo Eco esta sexta-feira, 25 de junho, este será o valor da jóia até ao final de 2023. Está ainda prevista a possibilidade de introdução de quotas suplementares.
Apresentada oficialmente esta semana, a associação liderada por Vasco de Mello, que tem sede na rua D. Luís I, em Lisboa, reúne 42 das maiores empresas privadas do país, que irão assim contribuir com mais de um milhão de euros para financiar a atividade.
Sobre a razão para fechar o número de associados nesta primeira fase, António Rios de Amorim (Corticeira Amorim) explicou que os fundadores definiram que "[devia] ter uma pequena estrutura, que vá dar resposta às necessidades de coordenação", assegurando que a BRP "nunca vai ser uma associação de milhares de empresas".
Os responsáveis adiantaram ainda, em conferência de imprensa, que estas empresas fundadoras vão aportar meios aos grupos de trabalho que serão criados e de onde sairão propostas para cumprir o objetivo de pôr o país a crescer, e que a nova entidade será exclusivamente financiada pelos seus associados.
Os estatutos preveem a entrada de novos membros, desde que sejam "sociedades comerciais com atividade económica relevante em Portugal", e que têm "obrigatoriamente" de se fazer representar nos órgãos associativos por quem ocupa os cargos de gerente, presidente do conselho de administração, CEO ou administrador delegado.
Em termos acumulados, os associados da BRP tiveram em 2020 receitas de 82 mil milhões de euros, das quais cerca de 43 mil milhões obtidas fora de Portugal via exportações ou investimentos diretos, empregam mais de 382 mil trabalhadores, dos quais 207 mil em Portugal, pagam um salário médio "que é cerca de duas vezes o salário médio" pago pelo setor privado, e investiram mais de 6,8 mil milhões de euros.