A empresa imobiliária espanhola responsável pela construção em Vila do Conde do megaparque empresarial, comercial e de entretenimento Nassica, já adquiriu um terreno com cerca de 70 mil metros quadrados no Cacém.

Mais a Sul, um projecto pode igualmente começar a ser equacionado. “Estamos em conversações com a Câmara Municipal de Sintra e o Algarve também é um cenário que não descuramos. Mas, neste último caso, é preciso estudar a viabilidade dado que é uma região predominantemente turística, com uma enorme flutuação populacional”, afirmou ao Canal de Negócios o director-geral da Neinver Lusitana, Alvaro Valiente.

O primeiro Nassica tem inauguração prevista para a “Primavera de 2004”, junto ao IC1/N13 (próximo de Mindelo) e pretende ser uma autêntica “cidade de negócios, comércio e lazer”, empregando cerca de cinco mil pessoas.

Uma estação de metro, uma superfície total de 350 mil metros quadrados, 70 lojas das principais marcas de fábrica portuguesas e internacionais, um “retail park” composto por 15 lojas âncora, uma zona de lazer, 20 salas de cinema (UGC -Cinecité), 30 restaurantes e uma unidade hoteleira são apenas alguns dos predicados da aposta da Neinver Lusitana.

Totalmente concluído em 2006, a “factory” Nassica integrará ainda um parque de escritórios, indústrias limpas e armazéns logísticos e tecnológicos, totalizando um investimento de 250 milhões de euros. As acessibilidades rodoviárias “estão já acordadas com o Estado, o Instituto das Estradas de Portugal (IEP) e a Câmara Mu_nicipal de Vila do Conde”, garante o administrador. Um terminal de táxis e autocarros também será integrado.

A marca Nassica está já presente em diversas cidades europeias – Madrid, Sevilha e Varsóvia foram as primeiras apostas da Neinver.

Em Vila do Conde, Alvaro Valiente espera atrair “3,5 milhões de pessoas por ano de Vigo a Leiria, de Viseu a Vila Real”, com o “mix” de marcas que se vão instalar. “Adidas, Adolfo Dominguez, Camper, Levi’s, Mango, Nike, Polo Ralph Lauren, Zara, Vista Alegre, Puma e, possivelmente, o Ikea” são os trunfos avançados para conquistar o mercado ‘outlet’ português ainda em 2004”, sublinha Valiente.