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Murteira Nabo diz PT aposta no Brasil para estimular uma parceria europeia

A estratégia da PT no Brasil, através da Telesp Celular, visa «ganhar condições e dimensões para criar uma boa parceria na Europa», colocando a empresa no «ranking» das maiores operadoras mundiais, disse hoje o presidente da PT à «SIC Notícias».

23 de Maio de 2001 às 21:14
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A estratégia do Grupo Portugal Telecom (PT) no Brasil, através da Telesp Celular, visa «ganhar condições e dimensões para criar uma boa parceria na Europa», colocando a empresa nacional no «ranking» das maiores operadoras mundiais, disse hoje Murteira Nabo, presidente da PT, em entrevista à «SIC Notícias».

«Estamos a falar da entrada da Portugal Telecom num grupo de grandes operadores. Temos a ambição de ser parte de um consórcio de grandes operadores mundiais», referiu Murteira Nabo.

Para o presidente da PT, o potencial do crescimento e evolução tecnológica da rede celular no Brasil, sobretudo ao nível dos telefones móveis de terceira geração, ou UMTS, vai potenciar a Telesp Celular como uma «grande operadora, não só na América Latina, mas mundial». Neste caso, para Murteira Nabo, a PT criaria condições e ganharia dimensão para encontrar um parceiro no mercado europeu.

Segundo o mesmo responsável, a estratégia da PT é «estar ao nível da Telefónica». Referindo que «a Europa é muito cara», Murteira Nabo explicou que «é nos mercados emergentes que temos hipóteses para crescer».

A PT lançou, no passado dia 21 de Maio, uma oferta pública de troca (OPT) sobre os títulos da brasileira Telesp Celular que ainda não detém. A oferta recai sobre os 58,8% a maior operadora móvel no Estado de São Paulo que a empresa liderada por Murteira Nabo ainda não detém.

A PT propõe-se adquirir 245,4 mil milhões de acções preferenciais da Telesp Celular, das quais 60% estão sob a forma de «American Depositary Receipts», ou ADR – e 23,9 mil milhões de acções ordinárias, ou seja, 82,3% do total de acções preferenciais e 14,9% do total de acções ordinárias, respectivamente.

A PT oferece 0,852 acções das suas acções ordinárias por cada 1.000 títulos ordinários da Telesp, 0,949 acções ordinárias da PT por cada 1.000 acções preferenciais da Telesp e 2,333 ADRs da PT por cada ADR da Telesp.

As acções da PT têm vindo a desvalorizar, depois de ter divulgado que pretende realizar o aumento de capital para adquirir a posição que ainda não detém na Telesp Celular.

As acções da PT encerraram hoje a perder 2,03% para os 9,64 euros (1.933 escudos).

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