Não dizem quantos são, nem quanto pesam no capital da Portugal Telecom. Apenas garantem que a sua posição na assembleia geral (AG) da Portugal Telecom, convocada para o próximo dia 2 de Março, "vai ser uma surpresa".

Naquela que será a sua grande estreia pública, a recém-constituída Associação dos Accionistas Minoritários do Grupo Portugal Telecom aparecerá a representar, no mínimo, 1% do capital da empresa. E mais não diz.

"Não vou revelar nunca em momentos anteriores, e por razões óbvias que se prendem com os interesses dos pequenos e médios accionistas, a representatividade que iremos ter na AG. Digo apenas que a posição dos minoritários vai ser uma surpresa. E que a associação vai representar muitos accionistas individuais e pessoas colectivas", afirma Jorge Neto, o advogado que preside a esta associação.

"Estamos a falar de centenas de milhares de acções e, mais uma vez, digo que vai ser uma enorme surpresa as pessoas que vão estar ao nosso lado na AG", acrescenta.

Em entrevista ao Jornal de Negócios, que será publicada na edição de amanhã, Jorge Neto fala do preço da OPA, da opacidade da informação do processo e dos critérios que os pequenos accionistas devem ponderar na sua tomada de decisão.