O Ministério Público holandês efectuou uma busca aos escritórios da sede da Ahold, na sequência de uma investigação criminal que visa determinar que a parceira no retalho em Portugal da Jerónimo Martins inflacionou resultados em cerca de 970 milhões de euros.

Segundo um comunicado da empresa, «na sequência das investigações, foi conduzida uma busca às instalações da sede da Ahold em Xaandam no dia 5 de Julho».

O Ministério Público holandês desencadeou uma investigação criminal sobre a Ahold, o grupo de distribuição que controla 49% da Jerónimo Martins Retalho, depois de ter detectado irregularidades no montante global de 970 milhões de euros». Esta é a segunda investigação, depois das autoridades nos EUA terem começado um processo semelhante há meses atrás.

A Ahold escusa-se a efectuar quaisquer comentários, enquanto não ficarem concluídas as investigações, mas adiantou que «deu total colaboração e está a cooperar com o Ministério Público holandês, tal como tem feito e continuará a fazer com a Securities and Exchange Commission (SEC) e o departamento de Justiça norte-americano.

Também nos Estados Unidos, onde se detectaram as maiores irregularidades, a Ahold é alvo de investigações.

>As acções da Jerónimo Martins ganhavam 0,15% para os 6,86 euros, enquanto as da Ahold cediam 1,04% para os 7,62 euros.

Sílvia de Oliveira