A Microsoft e a OpenAI estão a investigar se dados da tecnologia da dona do ChatGPT foram obtidos de forma não autorizada por um grupo ligado à DeepSeek, a startup chinesa de inteligência artificial (IA) que tem agitado o setor.

No ano passado, a equipa de segurança da Microsoft terá verificado que um volume elevado de dados estava a ser retirado através do interface de programação da aplicação da OpenAI (API) por indivíduos que acreditavam estar ligados à DeepSeek, avança a Bloomberg, citando fontes próximas do assunto, que não são identificadas devido à confidencialidade da questão.

Este interface pode ser utilizado por programadores de "software" que queiram integrar os modelos de IA da OpenAI nas suas aplicações, mas mediante pagamento de uma licença, existindo o limite para o volume de dados que pode ser obtido, explica a Bloomberg.

A Microsoft alertou a OpenAI desta atividade, que pode violar os termos de serviço da empresa de Sam Altman, explicam as fontes da agência.

Nem a OpenAI nem a Microsoft responderam às perguntas da Bloomberg. 

A chinesa DeepSeek lançou este mês um novo modelo de inteligência artificial, o R1, que terá sido desenvolvido a uma fração do preço dos pares ocidentais - a chegada deste modelo deixou o mercado em alvoroço e causou mesmo a maior queda em bolsa num dia para a fabricante de "chips" Nvidia.

Na terça-feira, o CEO da OpenAI, Sam Altman, deixou elogios à DeepSeek, dizendo que o modelo R1 é "impressionante". "O R1 da DeeSeek é um modelo impressionante, principalmente devido ao que conseguem oferecer por aquele preço", escreveu na rede social X. Altman sublinha, no entanto, que a OpenAI vai "obviamente fornecer modelos muito melhores". Um novo concorrente, diz, é "revigorante", ficando prometidos "novos lançamentos" em breve.