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Mexia: BCP "deve ter o direito de olhar" para o Novo Banco

O presidente do BCP acredita que o banco pode vir a ser o próximo grande banco privado português. Com mais de 2% da instituição, a EDP concorda e abre a porta à compra do Novo Banco.

Miguel Baltazar/Negócios
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António Mexia concorda com a visão de Nuno Amado para o BCP. O presidente da instituição financeira veio defender que o BCP pode tornar-se no próximo "banco privado português de referência" com a compra do Novo Banco. E o líder da EDP assina por baixo.

 

"As palavras do Nuno Amado são óbvias e são justas", disse o presidente da energética esta quinta-feira, 5 de Maio, em conferência de imprensa após o Capital Markets Day em Londres. Recorde-se que a EDP tem 2,71% do capital do BCP.

 

Foi no início desta semana que Nuno Amado veio a público defender a criação de um" banco privado português de referência". E o banqueiro disse acreditar que o BCP está no "caminho certo" para ocupar esse lugar.

  

Na ocasião, o banqueiro admitiu analisar a comprar do Novo Banco, mas sublinhou que o negócio depende de uma negociação entre o Estado português e a comissão Europeia. "Temos uma proibição de aquisição que pode ser levantada em circunstâncias excepcionais. Veremos qual a melhor solução".

António Mexia também comentou estas declarações e disse que a "tal como a politica energética não deve ser feita por politica de concorrência, a banca também não deve ser ditada pela direcção de concorrência, afirmou em referência à autoridade de concorrência europeia (DGComp).

 

"Quem paga parte da factura deve ter direito de olhar para o jogo e não haver exclusão de jogadores. Para que quem faz parte da solução possa, no mínimo, pagar o que está em causa", disse sobre o facto de o BCP ser um dos contribuintes para o Fundo de Resolução.

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