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Media Capital diz que críticas ao negócio com Prisa são aproveitamento político
A Media Capital diz que as críticas de detentores de cargos públicos, onde se inclui o líder da oposição Marques Mendes, à eventual venda do grupo de Pais do Amaral à espanhola Prisa são um aproveitamento político. Em comunicado, o presidente da empresa e
A Media Capital diz que as críticas de detentores de cargos públicos, onde se inclui o líder da oposição Marques Mendes, à eventual venda do grupo de Pais do Amaral à espanhola Prisa são um aproveitamento político. Em comunicado, o presidente da empresa esclarece que, sendo ambas as empresas de capitais privados, não há lugar a qualquer aprovação política da operação.
O presidente do PSD tem vindo a acusar o Governo socialista de promover um acordo entre a Prisa – com ligações ao Partido Socialista Obrero Español (PSOE) – e Pais do Amaral para a venda da Media Capital, sugerindo que o negócio terá como objectivo o controlo, por parte dos socialistas ibéricos, da estação televisiva líder em Portugal. Marques Mendes acusa também o Governo socialista de não vetar a operação.
Também João Van Zeller, ex-administrador da TVI, justificou a demissão apresentada a semana passada com o facto do acordo com a Prisa criar receios de fragilidade editorial
Em declarações da Jornal de Negócios, na passada quinta-feira, Van Zeller, disse não poder «conviver com o risco de uma possível fragilização de uma liberdade editorial da TVI, apontando para a relação que existe entre o jornal «El País» da Prisa e o Governo socialista de Espanha.
Em comunicado enviado hoje, Pais do Amaral diz que o ex-administrador «não tinha, nem nunca teve, quaisquer funções executivas ou estratégicas na TVI ou no Grupo Media Capital, nem participou nas negociações nem na elaboração da correspondente documentação entre os accionistas da Media Capital e o Grupo Prisa, pelo que o seu conhecimento dos Acordos com o Grupo Prisa é o mesmo do público».
«Em face do exposto acima, pode concluir-se que as afirmações produzidas pelo referido ex-Administrador relativas aos acordos com o Grupo Prisa - que considero alarmistas e totalmente injustificadas - não têm por suporte quaisquer factos ou documentos não públicos, consistindo unicamente na sua interpretação dos factos e no seu entendimento da realidade. As suas opiniões e declarações não se fundam em qualquer conhecimento particular ou específico e por isso têm apenas a importância que lhes for atribuída pelos vários agentes do sector dos media», acrescenta.