A Martifer fechou o primeiro semestre com resultados líquidos negativos de 12,4 milhões de euros, uma redução de 19,2% face aos 15,3 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

Os indicadores operacionais da empresa melhoraram na primeira metade do ano, mas a Martifer foi penalizada pelo agravamento dos custos financeiros.

Os proveitos operacionais subiram 4,4% para 243,8 milhões de euros e o EBITDA totalizou 21,2 milhões de euros, o que compara com os 1,6 milhões de euros do período homólogo. A Margem EBITDA melhorou para 8,7%, a “reflectir uma forte recuperação da performance operacional”, diz a Martifer em comunicado.

Em sentido inverso, os resultados financeiros agravaram-se em 42,9% para 13,3 milhões de euros negativos, apesar do valor pago com juros ter diminuído em 7,8% para 9,2 milhões de euros. No ano passado a empresa obteve mais-valias líquidas de 5,9 milhões de euros resultantes, essencialmente, da venda das participações na Home Energy e REpower Portugal e no primeiro semestre de 2012 obteve um ganho de capital de 1,5 milhões de euros na venda do projecto Silverton na Austrália.

A castigar as contas esteve também as provisões e imparidades, que atingiram 5,4 milhões de euros.

A empresa liderada por Jorge Martins destaca o “aumento significativo da carteira de encomendas na construção metálica, que atinge 390 milhões de euros e na unidade solar, que se situa em 235 milhões de euros.

Para a segunda metade do ano a Martifer aguarda a “confirmação do crescimento no volume de actividade registado no primeiro semestre”.