A Marks & Spencer, maior retalhista do Reino Unido, planeia vender a sua unidade de serviços financeiros ao HSBC Holdings, reduzir custos e remunerar os investidores com 2,3 mil milhões de libras (3,44 mil milhões de euros) para prevenir uma aquisição hostil pelo multimilionário Philip Green.

No âmbito da venda da Marks & Spencer Money ao HSBC por 762 milhões de libras (1,14 mil milhões de euros), este último vai também assumir a dívida no valor de 1,24 mil milhões de libras (1,85 mil milhões de euros), dessa unidade, que permanecerá sob a mesma marca e será gerida em conjunto.

A empresa inglesa vai também adquirir totalmente a sua unidade Per Una Fashion por 125 milhões de libras (187,43 milhões de euros), terminar o seu processo de lojas dedicadas a artigos para o lar e procurar obter poupanças anuais no valor de 320 milhões de libras (479,82 milhões de euros), enquanto procura reavivar as vendas nas lojas que caíram 2,8% no primeiro trimestre fiscal do ano, disse o presidente executivo, Stuart Rose em chamada telefónica à Bloomberg.

Rose está a tentar convencer os investidores a apoiarem a sua estratégia para evitar a oferta de aquisição hostil de Green, que na semana passada aumentou a sua proposta para 9,1 mil milhões de libras (13,64 mil milhões de euros), mas que foi rejeitada pelo conselho de administração pela terceira vez.

O mesmo responsável também necessita recuperar a confiança dos consumidores que se viraram para concorrentes, como a Next e para cadeias de supermercados, como a Wal-Mart Stores.

As acções da Marks & Spencer seguiam a subir 0,95% para as 371,5 libras (557,37 euros).