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Mark Frissora deixa os cargos de CEO e presidente da Hertz
Na origem da saída de Frissora estarão pressões por parte dos investidores, que o acusam de erros contabilísticos e operacionais. Deixa o cargo de CEO e presidente da Hertz depois de oito anos à frente dos destinos da empresa.
Mark Frissora deixou esta segunda-feira, 8 de Setembro, o cargo de CEO da Hertz, pressionado pelos investidores que o têm acusado de erros contabilísticos e operacionais. Frissora deixa as funções de CEO e presidente da Hertz "por motivos pessoais", informou a empresa em comunicado, citado pela Bloomberg.
O conselho de administração nomeou Brian P. MacDonald, chefe da Hertz Equipment Rental Corp., para o cargo de CEO interino e Linda Fayne para presidente não executiva, enquanto não for encontrada uma nova direcção permanente.
Frissora, de 59 anos, foi nomeado CEO em 2006, antes da oferta pública inicial (IPO, na sigla inglesa) da Hertz. Foi o responsável pela aquisição da Dollar Thrifty Automotive Group Inc pela Hertz, em 2012, que encolheu de quatro para três o número de grandes empresas de aluguer de carros.
Em reacção a este anúncio, as acções da Hertz estão a subir 4% para os 29,60 dólares. Os títulos acumulam uma desvalorização de 0,6% desde o início do ano, enquanto as acções da Avis seguem com um ganho de 64% no mesmo período.
Segundo a Bloomberg, alguns investidores sugeriram Scott Thompson, antigo CEO da Dollar Thrifty Automotive Group Inc como possível sucessor. Thompson, de 55 anos, vendeu a Dollar Thrifty à Hertz por 87,50 dólares por acção, quando a proposta inicial de Frissora era de apenas dois dólares.
O descontentamento dos investidores com a gestão da empresa aumentou neste Verão. Em Agosto, o investidor Fir Tree Partners, que detém 3% das acções da Hertz, pediu à direcção da empresa para substituir Frissora por não aprovar a forma como estava a ser conduzida a companhia. Fir Tree, que detém 13,8 milhões de dólares em acções da Hertz disse, no dia 20 de Agosto, que Frissora era responsável por erros contabilísticos e operacionais que pesavam sobre as ações.
Em seguida, o bilionário Carl Icahn solicitou uma reunião com a direcção para discutir questões contabilísticas e falhas operacionais relacionados com o mau desempenho da empresa em relação aos seus pares e a "falta de confiança na administração". Segundo a Bloomberg, outros investidores que detêm mais de 4% da Hertz também pediram ao conselho de administração que substituísse Frissora.