Notícia
Mais de metade das empresas com atividade pré-pandemia
Conjuntura atual leva mais de metade das empresas a aumentar os preços, revela inquérito lançado pelo Banco de Portugal e pelo INE.
Mais de metade (56%) das empresas já estão com níveis de atividade pré-pandemia ou acima. O setor do alojamento e restauração é o que tem menos sinais de retoma com apenas 37% das empresas deste setor a recuperar para valores de 2019.
Mas há nuvens negras no horizonte do tecido empresarial. Para a maioria das empresas (83%), a guerra na Ucrânia, o escalar de preços e da inflação tem "um impacto negativo ou muito negativo" na evolução do volume de negócios deste ano, com mais de metade (67%) a assumir que vão aumentar os preços de venda este ano.
Estas são apenas algumas das conclusões do inquérito rápido e excecional lançado às empresas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BdP) para aferir o impacto da atual conjuntura internacional na atividade das empresas em Portugal.
O setor mais afetado pela atual conjuntura é, de longe, o da indústria e da energia com 90% das empresas a assumirem um impacto negativo ou muito negativo.
O aumento dos preços da energia e das matérias primas são apontados por 60% das empresas como fator de "potencial impacto" na sua atividade durante este ano.
Para tentar travar este cenário mais de metade das empresas inquiridas preveem aumentar os preços de venda, sendo que 48% "antecipam aumentos de pelo menos 5%", aponta o estudo do INE e do BdP.
Sobre os salários, as empresas apontam para "um crescimento anual das remunerações médias de 4,2% em 2021 e perspetivam um aumento de 5,2% para 2022", que resulta da subida do salário mínimo nacional e 27% diz que é pela necessidade de reter os trabalhadores.
O inquérito do INE e do BdP foi realizado entre 9 e 22 de maio e foram consideradas 7.013 respostas válidas de micro, pequenas e médias empresas de várias áreas de atividade.