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Lusomundo obrigada a manter OPA sobre a Investec

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) impediu a Lusomundo de retirar o pedido da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o capital da Investec.

Recorde-se que a...

17 de Janeiro de 2000 às 10:33
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) impediu a Lusomundo de retirar o pedido da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o capital da Investec.

Recorde-se que a Lusomundo efectuou um pedido de retirada da OPA alegando a existência de uma quebra no acordo por parte da Taif, empresa à qual Luís Silva pediu uma indemnização de 68,6 milhões de euros (13,748 milhões de contos), por alegado incumprimento do acordo realizado a 21 de Agosto do ano passado.

Contudo, fonte da Taif afirmou ao «Diário Económico» que a Lusomundo não tem razão ao efectuar tais afirmações, uma vez que esta enviou uma carta à empresa de Jacques Rodrigues na qual é manifestada a sua intenção de não pagar os 1,5 milhões de euros (300 mil contos), previstos no referido acordo em troca do voto em favor da OPA da Lusomundo.

A mesma fonte avança ainda àquele diário que a Lusomundo inviabilizou o acordo no momento em que lançou a OPA sem ter comunicado à CMVM, omitindo ainda este facto no momento em que efectuou o pedido de registo daquela operação.

Com este impedimento, mesmo que a Lusomundo reveja em alta o valor da sua oferta, que se mantém nos 42,4 euros (8.500 escudos), não conseguirá arrebatar a OPA concorrente da Cofina/BPI, que se situa nos 44,5 euros (8.925 escudos), devido ao acordo realizado entre esta dupla e a Taif, comprometendo-se deste modo Jacques Rodrigues a manter em seu poder os 9% do capital investido por dois anos e meio.

Este acordo permitirá à Cofina/BPI o controlo de 49% do capital da Investec, dos quais 39,9% foram adquiridos no mercado, e 9% foram obtidos através do acordo de concertação de interesse assinado com a Taif.

A Lusomundo cotava às 10h nos 13,5 euros (2.706 escudos), após uma desvalorização de 0,5%.

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