Durante este trimestre, a Telefónica conseguiu cortar as suas dívidas em dois mil milhões de euros para 49,8 mil milhões, um valor que pode diminuir para 48,6 mil milhões de euros, se incluir a venda de alguns activos, como o negócio na Irlanda e 40% da participação no negócio na América Central.

Os objectivos da operadora espanhola para 2013 passam por reduzir a dívida para um valor inferior a 47 mil milhões de euros.

Por toda a Europa as operadoras têm tentado combater a diminuição das receitas através da venda de activos e da fusão com rivais.

Ainda assim, a operadora europeia mais endividada declarou uma diminuição das vendas e também dos lucros abaixo do que era esperado. As receitas diminuíram 6,8% para 14,4 mil milhões de euros, segundo afirmou a empresa, quando os analistas apontava para um valor em torno dos 14,1 mil milhões de euros.

Com a diminuição do crescimento no Brasil, Cesar Alierta, o presidente-executivo da Telefónica, está a redireccionar a empresa para mercados mais estáveis como o alemão, onde as flutuações cambiais não pesam tanto nas receitas da empresa.

“O nível da dívida está no caminho certo”, afirmou Paul Marsch, analista do Berenberg. “A não ser que tenham outros planos ambiciosos para os quais necessitem de financiamento, não vejo razões para se desfazerem de mais activos. Vender mais activos vai aumentar a exposição em Espanha, e isso vai ao encontro do que têm feito até agora”.