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Lucros das petrolíferas estão sob a mira de políticos norte-americanos
Os lucros das gigantes petrolíferas norte-americanas estão sob a mira de vários congressistas norte-americanos e até o presidente dos EUA tem apelado às autoridades reguladoras maior severidade no controlo dos preços praticados na venda de combustíveis, n
Os lucros das gigantes petrolíferas norte-americanas estão sob a mira de vários congressistas norte-americanos e até o presidente dos EUA tem apelado às autoridades reguladoras maior severidade no controlo dos preços praticados na venda de combustíveis, noticiou a Lusa.
«Ninguém tem qualquer compaixão pelas companhias petrolíferas no Capitol Hill [Congresso norte-americano] neste momento», afirmou recentemente ao jornal The New York Times o congressista norte- americano Jack Kingston.
Numa altura em que a cotação do petróleo se encontra em níveis historicamente elevados (em torno dos 72 dólares por barril), a apresentação dos resultados das três maiores empresas do sector, Exxon Mobil, Chevron e ConocoPhillips, coincidiu com a subida do preço da gasolina nos Estados Unidos para um valor recorde de três dólares por galão (3,78 litros).
Além disso, a divulgação das contas destas companhias (que obtiveram um lucro conjunto de mais de 12,6 mil milhões de euros) deu- se em plena campanha eleitoral para o Congresso e outros cargos estatais, o que torna as críticas às petrolíferas recorrentes nos vários discursos de campanha.
O agravamento dos impostos sobre os lucros destas empresas tem sido uma das propostas mais apontadas, assim como a redução em cerca de dois mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) as isenções fiscais de que algumas delas beneficiam.
O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou esta semana, num recado às petrolíferas, que os consumidores esperam «ser tratados de forma justa» nos preços de venda ao público e apelou à Comissão Federal de Comércio (FTC) que vigie de perto o mercado gasolineiro, de forma a castigar eventuais abusos.
Também apelou às petrolíferas que invistam mais dinheiro no aumento da capacidade de refinação, produção, exploração de recursos e desenvolvimento de energias renováveis.