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Lucros da Sonae ficam abaixo do previsto (act.)

Os resultados líquidos da Sonae SGPS situaram-se nos 85,1 milhões de euros no primeiro semestre, um valor que não é comparável com o período homólogo e que ficou abaixo da média das estimativas dos analistas consultados pelo Jornal de Negócios.

07 de Setembro de 2006 às 18:57
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Os resultados líquidos da Sonae SGPS situaram-se nos 85,1 milhões de euros no primeiro semestre, um valor que não é comparável com o período homólogo e que ficou abaixo da média das estimativas dos analistas consultados pelo Jornal de Negócios.

Os lucros hoje divulgados comparam com os 164,7 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e com os 102 milhões de euros estimados pelos analistas.

Os números do primeiro semestre não são comparáveis com o período homólogo, pois desde então a Sonae alienou uma série de activos, com destaque para o "spin off" da Sonae Indústria e venda do negócio de retalho no Brasil, que deixaram a empresa mais pequena. A Sonae Sierra também passou a ser consolidada pelo método proporcional, depois da venda de uma participação à Grovesnor. Estas operações reflectem-se de forma negativa na comparação em termos homólogos dos lucros e receitas da Sonae, mas entre o primeiro e o segundo trimestre (com perímetro de consolidação idêntico) a empresa consegue uma melhoria significativa.

Ainda assim, no que respeita ao segundo trimestre os números evoluíram positivamente. Nos três meses findados a 30 de Junho, a Sonae SGPS registou um lucro de 60,4 milhões de euros, o que compara com os 44,2 milhões de euros arrecadados no segundo trimestre de 2005.

"Este aumento ficou a dever-se, essencialmente, à melhoria significativa no desempenho operacional e nos resultados relativos a investimentos que ascenderam a 30 milhões de euros, sendo justificados em grande medida pela já referida mais-valia decorrente da venda da Enabler", explica a empresa liderada por Belmiro de Azevedo em comunicado.

Para a totalidade do semestre, os resultados relativos a investimentos foram de 52 milhões de euros, com a maior parte a decorrer "da venda de uma participação de 27,8% na ba Vidro".

As receitas da empresa no semestre desceram para 1,99 mil milhões de euros, o que compara com as estimativas dos analistas consultados que apontavam para 2,06 mil milhões de euros.

A Sonae SGPS explica ainda que, "excluindo os contributos do negócio dos derivados de madeira e das operações da distribuição no Brasil, a mais-valia gerada na venda da participação na Imocapital/Gescartão, e considerando a mudança no método de consolidação do negócio dos centros comerciais de consolidação integral para consolidação proporcional" o volume de negócios aumentou 7%.

O EBITDA da empresa fixou-se nos 277,5 milhões de euros e a margem de EBITDA foi de 13,9%, o que representou aumentos, uma evolução justificada pelo "negócio dos centros comerciais por via do aumento na valorização das propriedades de investimento, decorrente quer do crescimento no número de centros comerciais em operação quer da descida das ‘yields’ em Portugal e Espanha".

O endividamento líquido da Sonae SGPS aumentou para 2,06 mil milhões de euros, um factor que é justificado pelo "efeito da sazonalidade da generalidade dos negócios de retalho e a aquisição, no segundo trimestre do ano, de cerca de 13% do capital social da Modelo Continente, numa execução parcial do contrato de opção de compra celebrado com o Banco Santander e sociedades suas participadas".

No que respeita às perspectivas para o futuro, a Sonae reitera a confiança do sucesso da operação de compra da Portugal Telecom (PT), adiantando que "o negócio da distribuição manter-se-á focado no crescimento orgânico", "o negócio dos centros comerciais irá manter a sua estratégia de crescimento sustentado, que envolverá a procura de novas oportunidades de investimento, agora também em alguns mercados da Europa de Leste" e "o negócio das telecomunicações continuará focado na inovação e promoção de serviços 3G e de produtos convergentes fixo-móvel, desenvolvendo em simultâneo o negócio de acesso directo de banda larga, para além de melhorar os ganhos de eficiência e reduzir os custos de activação".

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