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Lucros da PT Multimédia disparam para 30,6 milhões (act.)

A PT Multimédia atingiu resultados líquidos de 30,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com lucros de 3,1 milhões de euros em igual período de 2003. As receitas consolidadas da participada do grupo PT ascenderam a 360,1 milhões de

Negócios 07 de Setembro de 2004 às 09:21
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A PT Multimédia atingiu resultados líquidos de 30,6 milhões de euros no primeiro semestre do ano, o que compara com lucros de 3,1 milhões de euros em igual período de 2003. As receitas consolidadas da participada do grupo PT ascenderam a 360,1 milhões de euros, mais 10,4%.

Nos primeiros seis meses do ano, o EBITDA da PT Multimédia atingiu os 91 milhões de euros, ao que correspondeu uma margem de 25,3%, uma subida de 7,9 pontos percentuais.

Este crescimento foi particularmente significativo no segundo trimestre, em que se assistiu a uma subida, face ao trimestre homólogo, de 8,5 pontos percentuais, sendo a subida face ao primeiro trimestre de 2,7 pontos percentuais. Só a televisão por subscrição e a Internet de banda larga tiveram uma margem EBITDA de 36,1%. Este é, tal como explica a PT Multimédia em comunicado, «o principal motor de crescimento da PTM».

Aliás, o negócio da televisão por subscrição e da Internet de banda larga pesa 93% do total do EBITDA. Dos 91 milhões de euros de EBITDA da PT Multimédia, 84,9 milhões foram gerados por esta área de negócio. De igual modo, nas receitas de exploração do total de 360,1 milhões de euros, esta área de negócio contribuiu com 240,3 milhões, ou seja, 66,7% das receitas consolidadas da PTM.

No primeiro semestre deste ano, a PT Multimédia conseguiu reduzir a sua dívida líquida em 35% para 56,2 milhões de euros. Este valor corresponde, por outro lado, a uma queda de 9,3 milhões face a 31 de Dezembro de 2003. A PT Multimédia explica, em comunicado, que foram, no entanto, «aplicados 16,3 milhões de euros no pagamento da aquisição da participação adicional de 16,6% na Sport TV, 5,5 milhões na aquisição do jornal de classificados Ocasião e 12,6 milhões de euros no pagamento de dividendos relativos ao exercício de 2003».

Ainda assim, a diminuição de 9,3 milhões foi efectuada pela aplicação de parte do «cash flow» gerado no semestre. O restante cash flow foi aplicado nos três items referidos de aplicação e mais 17 milhões foram para fundo de maneiro essencialmente para pagamento ao fornecedor Sony no âmbito do fim do contrato relativo à actividade de vídeo e videojogos.

Nos seis primeiros meses do ano, assistiu-se a um ligeiro aumento do Capex (investimento corpóreo e incorpóreo), de 2,8%, para 26,4 milhões de euros. No entanto, situa-se ainda a um nível baixo face ao total das receitas, corresponde a 7,3% das receitas. «Cerca de 40% do investimento foi efectuado na rede de cliente, nomeadamente na aquisição de equipamento terminal, incluindo receptores digitais do serviço de televisão por satélite, ‘set-top boxes’ para recepção dos canais Premium no serviço de televisão por cabo e ‘cable modems’ para o serviço netcabo».

Os custos operacionais decresceram, no primeiro semestre 1,6%, totalizando 298,1 milhões. Os custos com pessoal mantiveram-se ao nível do ano anterior, tendo situando-se nos 42,1 milhões. No entanto, esta manutenção foi conseguida à custa da televisão por cabo e Internet e banda larga, que pesa 30% nos custos com pessoal consolidados. Nesta área assistiu-se a uma redução de 10%.

Já no sector de media, que pesam mais de 50% nos custos totais, assistiu-se a uma subida de 4,6% devido, segundo a PTM, «ao aumento das comissões pagas à força de vendas em resultado do aumento significativo das receitas de publicidade, à harmonização salariais dentro da Global Notícias e à classificação dos encargos com pessoal cedido como custos com pessoal, quanto anteriormente eram contabilizados em fornecimento e serviços externos».

Nos audiovisuais, os custos com pessoal subiram 5,1%, com a incorporação da actividade da Warner Lusomundo.

Os custos com programação sofreram uma redução de 4,7% para 60,1 milhões, o que resulta das renegociações que a PTM tem vindo a fazer com os fornecedores dos canais da televisão por subscrição.

Os custos que mais subiram foram, por conseguinte, os de marketing e publicidade, que cresceram 46,5% para 21 milhões de euros. Tendo a subida na área de media, que pesa 44% dos custos totais, aumentada 2,2 milhões de euros.

Clientes na televisão por cabo continuam a crescer

O número de clientes de televisão por subscrição, quer por cabo quer via satélite, continua a crescer, embora a um ritmo mais lento. No primeiro semestre deste ano, a PT Multimédia arrecadou mais 30 mil subscrições para a televisão por cabo e mais 16 mil por satélite, o que dá um decréscimo nas adesões face ao período homólogo do ano passado, no total, de 5,8%.

As adesões na subscrição por cabo decresceram a um maior ritmo. Ainda assim, apesar das adesões serem menos, os clientes continuam a aumentar, tendo a PT Multimédia fechado o primeiro semestre com um total de 1,487 milhões de clientes de televisão, sendo 1,123 milhões subscritores por cabo. O número total de clientes cresceu 8,6% face ao primeiro semestre do ano passado.

Desses clientes, 876 mil são subscritores de canais Premium, sendo deste total 444 mil do canal de desporto, 200 mil dos canais de cinemas e 200 mil de outros canais pagos. O crescimento no número de subscritores de canais Premium foi no primeiro semestre de 15,5% face ao período homólogo anterior.

«No primeiro semestre de 2004, o canal Premium de desporto Sport TV registou 23 mil adições líquidas, o que compara com oito mil adições líquidas no primeiro semestre de 2003, apesar da transmissão em aberto do Euro 2004», salienta, no comunicado, a PTM, que espera continuar a reforçar a subscrição neste canal.

Além de ter assegurado os principais jogos da Super Liga portuguesa, a PT M lembra que a transmissão das ligas internacionais, nomeadamente inglesa e espanhola, deverão «contribuir para fidelizar os actuais clientes da Sport TV e também aumentar a penetração deste canal Premium no parque de clientes do serviço de TV por subscrição da PTM».

Clientes de banda larga via cabo atingem 269 mil

O número de clientes do serviço de Internet de banda larga via cabo atingiu os 269 mil no final do primeiro semestre deste ano, estando o ADSL (rede fixa) cada vez mais perto (com 260 mil clientes). No cabo, os clientes de Internet de banda larga representam um crescimento homólogo de 49,7%, fruto da adição líquida de 39 mil clientes.

O ARPU (receita média por cliente) do segmento de televisão por subscrição e Internet de banda larga foi de 2502 euros no primeiro semestre, devido, segundo a PTM, «a uma maior penetração dos serviços Premium e Internet de banda larga, não obstante a diluição do ARPU do serviço de Internet de banda larga em resultado do lançamento dos serviços light (mensalidade de 22,5 euros, face a uma mensalidade de 35 euros do serviço standard) e pré-pago (sem mensalidade)».

As acções da PT Multimédia [ptm] seguiam a cair 0,1%, para 18,08 euros.

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