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Lucros da PT caem 16,3% no primeiro trimestre

A Portugal Telecom terminou o primeiro trimestre com 176,6 milhões de euros de lucros, menos 16,3% do que nos primeiros três meses do ano passado. Nos resultados agora publicados na CMVM, a PT aponta ainda que a PT Multimédia, agora uma "operação desconti

10 de Maio de 2007 às 07:28
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A Portugal Telecom terminou o primeiro trimestre com 176,6 milhões de euros de lucros, menos 16,3% do que nos primeiros três meses do ano passado. Nos resultados agora publicados na CMVM, a PT aponta ainda que a PT Multimédia, agora uma "operação descontinuada" fechou o trimestre com 19,4 milhões de lucros, mais 8,9% do que no primeiro trimestre do ano passado.

No primeiro trimestre do ano passado a PT registou resultados líquidos de 210,9 milhões de euros, ainda que positivamente influenciados por um crédito fiscal de 53 milhões de euros, fruto da liquidação de uma "holding" do grupo.

A Portugal Telecom justifica a queda nos lucros "devido ao aumento dos custos com o programa de redução de efectivos no primeiro trimestre de 2007", que passaram para os 53 milhões de euros – só na rede fixa saíram da empresa 138 trabalhadores entre Janeiro e Março – e com o aumento dos impostos pagos, que no primeiro trimestre deste ano ascenderam aos 76 milhões de euros, face aos 35 milhões do período homólogo, fruto do crédito já em cima referido.

Em termos de receitas operacionais, o Grupo PT registou uma subida de 2,5% para os 1,460 mil milhões de euros, enquanto que o EBITDA da operadora cresceu 5,1%, tendo ultrapassado os 570 milhões de euros. Este crescimento colocou a margem EBITDA do Grupo Portugal Telecom nos 39,1%, face aos 38,1% registados nos primeiros três meses de 2006. O "free cash flow" operacional da empresa passou dos 261,2 milhões de euros registados em Março de 2006 para os 294,5 milhões no final do primeiro trimestre deste ano.

Olhando para o total de clientes da operadora, destaque para a TMN que fechou o trimestre com apenas mais 10 mil clientes do que aqueles com que chegou ao final de Dezembro passado – tem agora 5,714 milhões – e para a queda de 6,6% no número de linhas geradoras de tráfego na rede fixa, comparando os períodos homólogos. Entende-se por estas linhas aquelas que geram não só receita através da assinatura mas também pelo tráfego e o nível de desligamentos líquidos destas linhas situou-se nos 39 mil durante o trimestre em análise.

Esta queda no número de linhas levou as receitas operacionais da rede fixa da PT recuar 6% para 499,3 milhões de euros, ainda que ao nível dos clientes da banda larga estes tenham ascendido aos 701 mil face aos 613 mil registados em Março de 2006, ou seja, mais 14,3%. O EBITDA da rede fixa da PT caiu 2,8% para os 240,1 milhões de euros.

Em relação à TMN, as receitas da operadora móvel cresceram 1,9% no trimestre, enquanto que o EBITDA deu um "salto" de 3,4% para os 160,9 milhões de euros. A operadora aponta que a redução das tarifas de interligação –  descida média anual de 12% – tiveram um impacto negativo de três milhões de euros no primeiro trimestre da TMN.

A operadora móvel da Portugal Telecom sofreu ainda uma forte contracção ao nível da receita média mensal por cliente (ARPU), que no trimestre ficou-se pelos 19,1 euros, valor que compara com os 20,5 euros registados entre Janeiro e Março do ano passado.

A operadora ainda destaca que no período em análise registou 61 mil adições líquidas de clientes pós-pagos (assinatura) fruto da aposta no segmento empresarial, que é já responsável por 20,5% da base total de clientes da operadora.

Nos negócios internacionais, a Vivo registou prejuízos de 7 milhões de euros, como ontem foi noticiado pelo Jornal de Negócios Online, o que ainda assim não impediu que os ganhos do Grupo PT em empresas associadas atingisse 19 milhões de euros neste primeiro trimestre, valor que compara, porém, com os 24 milhões conseguidos no primeiro trimestre do ano passado. Destaque ainda neste campo para os prejuízos de três milhões de euros da Medi Telecom, de Marrocos, incorporados pela PT, e para os lucros conseguidos pelas operadoras Unitel e CTM, que "ofereceram" ao grupo português 19 milhões e 5 milhões de euros, respectivamente.

Durante os primeiros três meses deste ano a Portugal Telecom contribuiu com 175 milhões de euros, antes de impostos, para o fundo de pensões cujo défice agora se situa nos 1,55 mil milhões de euros, antes de impostos, e em 1,1 mil milhões de euros "líquidos".

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