Os lucros da Mota-Engil deverão ter ascendido aos 19,6 milhões de euros em 2004, o que representa um crescimento de 27% face a 2004, segundo os analistas do BPI que estimam que os resultados, à semelhança dos primeiros nove meses, registem uma redução nas margens e uma melhoria nos resultados financeiros.

O analista Bruno Almeida da Silva espera «que os resultados fiquem em linha com os dos primeiros nove meses, com uma diminuição nas margens, devido a um impacto misto das vendas e despesas relacionadas com projectos».

As vendas terão aumentado 21% para os 1,2 mil milhões de euros, contra mil milhões de euros de 2003 e o EBITDA terá crescido 8% para os 130 milhões de euros contra 120 milhões de euros do ano anterior. No entanto, a margem deverá ter caído dos 11,9% para os 10,6%.

Os resultados financeiros, que incluem os pagamentos de dívidas e os ganhos ou perdas cambiais, terão passado de 32 milhões de euros negativos para 22 milhões de euros negativos.

«Os resultados financeiros deverão continuar a melhorar devido a uma redução da dívida líquida», acrescenta o mesmo analista.

No dia 29 de Dezembro, o Jornal de Negócios avançou que a maior construtora nacional [egl] iria encerrar o exercício de 2004 com proveitos operacionais de 1,2 mil milhões de euros.

Fonte oficial da Mota Engil explicou que este desempenho representa um crescimento de 14% face ao exercício de 2003 e deve-se essencialmente à evolução dos proveitos operacionais na área de engenharia e construção, que passaram de 981 milhões de euros para uma estimativa de 1,12 mil milhões de euros no final deste ano.

Esta área de actividade é a que tem mais peso no conjunto das actividades do Grupo Mota-Engil e também registou um crescimento de 14% nos proveitos operacionais entre 2003 e 2004.

De um total de 1.200 milhões de euros de proveitos operacionais estimados para 2004, a Mota-Engil conseguiu obter 93,3% deste montante na construção e engenharia.

As acções da construtora subiam 1,24% para 2,44 euros.