Os lucros do grupo Impresa caíram 53,7% no primeiro semestre deste ano, passando de 15,2 milhões de euros no período homólogo para 7 milhões de euros. A empresa liderada por Pinto Balsemão conseguiu, no entanto, melhor a performance no segundo trimestre, quando comparado com o primeiro do ano.

A empresa que detém a SIC apresentou receitas consolidadas de 126,7 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2006, uma descida de 6,2% face ao mesmo período de 2005. O EBITDA desceu 36,3%, para os 18,9 milhões de euros. As receitas provenientes da publicidade foram de 84,9 milhões de euros, uma diminuição de 3,2%.

O segundo trimestre de 2006 já representou uma melhoria face ao primeiro trimestre do ano. A empresa passou de lucros de 166 mil euros no primeiro trimestre para 6,9 milhões de euros. As receitas consolidadas foram de 53,9 milhões de euros  no primeiro trimestre, contra os 73,5 milhões registados no segundo trimestre.

Mundial não impede queda nas receitas da SIC

Os lucros antes de impostos da SIC no primeiro semestre desceram 46%, de 18,4 milhões de euros para 9,9 milhões. As receitas totais da estação de Carnaxide caíram 5,8% para os 80,8 milhões de euros, prejudicadas pela quebra de audiências. Recorde-se que a estação de Carnaxide foi líder de audiências até Março de 2005, tendo perdido o primeiro lugar para a TVI.

Os custos operacionais da SIC subiram 7,3% no primeiro semestre, "devido ao aumento dos custos de programação, com o Mundial de Futebol e o Rock in RIO", diz a empresa em comunicado.

Os canais temáticos também viram as suas receitas descer 4%. As outras receitas da SIC, como o "merchandising" caíram 3,7% no primeiro semestre para 6,6 milhões.

Jornais e revistas com menos lucros

Os resultados antes de impostos na área de jornais desceram 15,4% nos primeiros seis meses de 2006, para 5,1 milhões de euros.  As receitas totais recuaram 6% para os 27,1 milhões, com as receitas publicitárias a crescerem 0,4%.

Quanto às revistas do grupo ("Visão", "Exame", "Caras", entre outras), destaca-se a queda nos resultados líquidos de 42,4% para 505,6 mil euros. As receitas totais desceram  8,4% para os 19,7 milhões de euros.

As contas do grupo não incluem a Publiregiões, editora do "Jornal da Região", alienada em Abril, e da gráfica Imprejornal, cuja alienação está prevista para o segundo semestre de 2006.