A Gescartão registou no primeiro trimestre uma descida de 64% nos resultados líquidos, devido à incerteza verificada nos preços de uma das matérias-primas utilizadas pela empresa no fabrico de embalagens de cartão, o «kraft».

O volume de negócios recuou 6,52% para os 44,15 milhões de euros, uma quebra que

estará ligada, sobretudo, à conjuntura incerta existente ao nível do consumo de papel de embalagem no mercado europeu, defende a empresa em comunicado.

Na Europa, durante o primeiro trimestre deste ano, para além do consumo de papel se ter manifestado inconstante, também o seu preço apresentou descidas. Este factor afectou «significativamente» os resultados consolidados da Gescartão, a par da «evolução dos preços de venda do papel ’kraft’ na Europa».

A empresa verificou uma receita média de venda de papel ‘kraft’, durante os primeiros três meses do ano, ao nível dos mínimos registados nos últimos 10 anos.

A Gescartão [GCT] está igualmente a proceder a uma série de investimentos que poderão alterar esta situação. Deste modo, uma nova unidade de produção de embalagem em Mourão será activada no final do primeiro semestre deste ano.

A Gescartão está igualmente a estudar outras oportunidades de investimento. Segundo previsões da empres, «quando concluída a totalidade dos investimentos programados, estes terão um impacto no EBITDA do grupo Gescartão superior a 10 milhões de euros por ano».

As acções da Gescartão fecharam inalteradas nos 9,51 euros