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Lucros da Ahold passam de três para 32 milhões no trimestre

Os lucros da holandesa Royal Ahold, parceira da Jerónimo Martins no negócio de retalho, subiram mais de dez vezes no segundo trimestre face ao período homólogo de 2003. As acções caíram um máximo de 8,25% em Amesterdão com a saída do presidente da companh

26 de Agosto de 2004 às 11:04
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Os lucros da holandesa Royal Ahold, parceira da Jerónimo Martins no negócio de retalho em Portugal, subiram mais de dez vezes no segundo trimestre face ao período homólogo de 2003, uma vez que os custos com as taxas de juro diminuíram e a empresa conseguiu mais clientes na Europa. As acções caíram um máximo de 8,25% em Amesterdão.

Os resultados líquidos da detentora dos supermercados de 49% do capital da Jerónimo Martins Retalho e da Giant e Stop & Shop e ascenderam aos 32 milhões de euros no período em análise, contra três milhões de euros de igual trimestre de 2003, explicou a Ahold em comunicado.

Os analistas aguardavam que os lucros ascendessem a 84 milhões e a própria companhia aguardava resultados líquidos de 42 milhões de euros.

No entanto, as vendas da parceira da Jerónimo Martins Retalho, que detém o Pingo Doce e o Feira Nova em Portugal, caíram 4,9% para 12,3 mil milhões de euros, uma vez que a valorização do dólar face ao euro prejudicou as receitas nos Estados Unidos da América.

Em comunicado separado, a empresa revelou que o presidente do conselho de administração da Ahold se demitiu por «razões pessoais». Karel Vuursteen vai permanecer membro do conselho até a próxima reunião de accionistas dia 18 de Maio de 2005. Até lá, René Dahan vai temporariamente ocupar esse cargo.

O presidente executivo, Anders Moberg, está a alienar activos para reduzir a dívida e os custos. A empresa holandesa, que inflacionou os lucros em 970 milhões de euros durante três anos, tem como objectivo encaixar 2,5 mil milhões de euros no final do próximo ano numa tentativa de readquirir o seu «rating» de crédito ao investimento junto dos bancos.

Os custos com as taxas de juro caíram 24% face ao segundo trimestre de 2003 uma vez que a Ahold pagou a sua dívida.

Moberg está também a reduzir os preços na unidade dos Estados Unidos da América e nas «outlets» de retalho holandesas para concorrer com empresas de desconto como a Wal-Mart Stores.

«Os nossos resultados para a unidade de retalho nos EUA continuam a reflectir o impacto da forte concorrência», explicou Moberg em comunicado, acrescentando que a redução de custos fez com que os lucros operacionais disparassem na Holanda.

As acções da Ahold seguiam a cair 7,37% para os 5,28 euros enquanto as da Jerónimo Martins subiam 0,68% para os 8,85 euros.

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