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CEO das bolachas lança livro sobre o “monstro” IA: “Vamos ter um robô de visão artificial”
“Inteligência Artificial – Bênção ou Maldição” é o título do primeiro livro de Diogo Freitas, líder da empresa minhota que produz as icónicas bolachas belgas e que ficou conhecido em Portugal por ter sido o rosto inicial do grupo de empresários que adquiriu o JN, O Jogo e a TSF.
Nascido em 1990 em Ponte de Lima, casado e com quatro filhas, Diogo Freitas iniciou os seus estudos em Economia na Universidade do Porto, curso que não terminou, e ingressou recentemente em Filosofia na Católica.
Dedicado ao empreendedorismo desde jovem, deu continuidade ao testemunho do seu pai, liderando a empresa familiar Officetotal Food Brands, que produz, na fábrica de Ponte de Lima, bolos e bolachas, emprega 78 pessoas e fatura 17 milhões de euros, e está a negociar a compra de concorrentes e de uma linha de pão de forma.
Diogo Freitas saltou para a ribalta mediática nacional ao tornar-se o rosto do consórcio de empresários que adquiriu vários títulos do Global Media Group, de onde acabaria por sair vendendo os seus 25% na empresa que comprou o JN, O Jogo e a TSF.
"Prefiro morrer de pé do que viver de joelhos" é o seu lema de vida.
E lançou, há cerca de duas semanas, o livro "Inteligência Artificial – Bênção ou Maldição", onde explica o que é a inteligência artificial (IA), os problemas e beneficiais atuais, assim como os riscos que teremos de assumir se mantivermos o seu desenvolvimento descontrolado.
Acaba de lançar o livro "Inteligência Artificial – Bênção ou Maldição". É a sua estreia como escritor?
É a minha estreia como escritor. Na verdade, não sei se sou um escritor. Escrevi um livro, mas estou convencido que ainda não sou um escritor. E por isso quero agradecer à minha editora, Guerra e Paz, aos meus amigos que escreveram a sua opinião acerca do tema (Ana Bravo, Adolfo Mesquita Nunes, Ricardo Costa, Luís Rochartre e o padre Jorge Oliveira), sem esquecer a minha família que me deu força nesta aventura.
Quais foram as razões que determinaram a escolha deste tema?
Escrevi este livro porque entendo que é um tema muito importante, que dominará a evolução tecnológica nos próximos anos, mas relativamente ao qual a maioria dos portugueses não está à vontade. Utilizei uma escrita simples, que permite a compreensão por todos - mesmo os leitores que estão completamente desatualizados em relação ao tema – e que, para além de explicar o que é a inteligência artificial e como é que se processa, também aborda questões que me preocupam no âmbito da espiritualidade, dos seus riscos, de como Portugal e as empresas portuguesas se devem adaptar no futuro.
Já agora, responda – "Inteligência Artificial – Bênção ou Maldição"?
A IA tem muitas coisas boas e que devem ser aproveitadas por todos. Porém, também tem vários riscos. Acredito que rapidamente encontraremos soluções para os riscos mais simples e que já sofremos, como as "fake news", as alucinações dos "chatbots" e o potencial desemprego em alguns setores. O que me preocupa verdadeiramente é a possibilidade de atingirmos o que chamo de Tecnologia: no fundo, o atingimento da singularidade desta tecnologia. Quando isso acontecer, se permitirmos que aconteça, libertaremos um monstro.
E a IA é já uma realidade na sua empresa?
Diria que, de alguma forma, a grande maioria das empresas já utilizam IA, independentemente de o fazerem em consciência. Nós não somos exceção. Mas a primeira ferramenta que utilizaremos com essa tecnologia, que foi desenhada cientes da sua necessidade, é um robô de visão artificial que deverá ser instalado ainda durante o primeiro trimestre do ano.