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Lucros da Oitante caem para 31,5 milhões. Fundo de Resolução recebe metade
A empresa propõe um pagamento de 16 milhões de euros de dividendos. Fundo de Resolução recebe 95 milhões desde 2020. Restam 10,5% dos imóveis herdados do Banif.
A Oitante teve resultados líquidos positivos de 31,5 milhões de euros no ano passado, informou a empresa em comunicado. A dona dos ativos tóxicos herdados do antigo Banif tem, desta forma, uma redução para cerca de metade face ao ano passado, em que tinha lucrado 63,8 milhões.
Tal como em 2023, o Conselho de Administração propõe um pagamento de dividendos de cerca de metade dos lucros, neste caso, 16 milhões de euros, face aos 32 milhões do ano anterior.
O beneficiário é o Fundo de Resolução, acionista único da Oitante, que, desta forma, receberá um total de 95 milhões de euros desde 2020.
Recorde-se que a resolução do Banif representou uma injeção por parte desta entidade de 489 milhões de euros, a que se somaram 1.766 milhões diretamente do Estado. O Banif e a maioria dos seus ativos seriam vendidos no final de 2015 por 150 milhões de euros ao Santander Totta, enquanto os ativos tóxicos ficaram na Oitante, que tem como objetivo único vender esse património.
A empresa explica que para os resultados obtidos no ano passado contribuíram, desde logo, "o processo de alienação de ativos imobiliários", que atingiu 34,7 milhões de euros, dos quais a grande maioria (30,5 milhões de euros) diretamente detidos e os restantes (4,2 milhões) de fundos imobiliários.
Além disso, houve uma "redução da carteira de crédito em 17%, com impacto na diminuição da exposição bruta total da carteira de crédito de 28,5 milhões de euros", o que permitiu receber 12 milhões de euros. E registou ainda uma "redução do peso das participações em ativos financeiros por via de alienação e reduções de capital que permitiram encaixar o montante de 4,7 milhões de euros", acrescenta a Oitante.
"A realização eficiente do conjunto destas operações permitiu à Oitante fechar o ano de 2023 com um saldo de liquidez de cerca de 67 milhões de euros (saldo acumulado na Oitante e na Banif Imobiliária)".
A empresa recorda que o ano passado foi o último do mandato deste conselho de administração, iniciado em 2021, afirmando que ao longo desse período procurou "garantir a maximização do valor de desinvestimento dos ativos recebidos, com o claro objetivo de continuar a criar valor para o acionista, assegurando a constante melhoraria da eficiência operacional e adaptando o quadro de pessoal ao ciclo de vida da Oitante".
Foram ainda recuperados 211 milhões de euros em NPL (Non Performing Loans, na expressão inglesa) e vendidas 34 participações financeiras (de um total de 38), no valor de 84 milhões de euros.
Os capitais próprios aumentaram 167 milhões até 2023, líquido dos dividendos pagos ao Fundo de Resolução.
O empréstimo obrigacionista que tinha sido feito, no total de 746 milhões de euros, foi pago integralmente em 2022, três anos e meio antes do seu vencimento. A Oitante sublinha que poupou 110 milhões de euros em juros por ter antecipado o pagamento.
Notícia atualizada às 16h40 com informação sobre a evolução da empresa desde 2015
Tal como em 2023, o Conselho de Administração propõe um pagamento de dividendos de cerca de metade dos lucros, neste caso, 16 milhões de euros, face aos 32 milhões do ano anterior.
Recorde-se que a resolução do Banif representou uma injeção por parte desta entidade de 489 milhões de euros, a que se somaram 1.766 milhões diretamente do Estado. O Banif e a maioria dos seus ativos seriam vendidos no final de 2015 por 150 milhões de euros ao Santander Totta, enquanto os ativos tóxicos ficaram na Oitante, que tem como objetivo único vender esse património.
A empresa explica que para os resultados obtidos no ano passado contribuíram, desde logo, "o processo de alienação de ativos imobiliários", que atingiu 34,7 milhões de euros, dos quais a grande maioria (30,5 milhões de euros) diretamente detidos e os restantes (4,2 milhões) de fundos imobiliários.
Além disso, houve uma "redução da carteira de crédito em 17%, com impacto na diminuição da exposição bruta total da carteira de crédito de 28,5 milhões de euros", o que permitiu receber 12 milhões de euros. E registou ainda uma "redução do peso das participações em ativos financeiros por via de alienação e reduções de capital que permitiram encaixar o montante de 4,7 milhões de euros", acrescenta a Oitante.
"A realização eficiente do conjunto destas operações permitiu à Oitante fechar o ano de 2023 com um saldo de liquidez de cerca de 67 milhões de euros (saldo acumulado na Oitante e na Banif Imobiliária)".
A empresa recorda que o ano passado foi o último do mandato deste conselho de administração, iniciado em 2021, afirmando que ao longo desse período procurou "garantir a maximização do valor de desinvestimento dos ativos recebidos, com o claro objetivo de continuar a criar valor para o acionista, assegurando a constante melhoraria da eficiência operacional e adaptando o quadro de pessoal ao ciclo de vida da Oitante".
Restam 10,5% dos imóveis do Banif
A Oitante, sociedade anónima constituída por deliberação do Banco de Portugal, que tem como missão vender o património herdado (para posteriormente ser alienada ou liquidada), vendeu, desde 2015, 5.399 imóveis, no valor de 854 milhões de euros, segundo os dados disponibilizados ao Negócios. Restam neste momento 634 imóveis, ou seja, 10,5% de todos os imóveis herdados.Foram ainda recuperados 211 milhões de euros em NPL (Non Performing Loans, na expressão inglesa) e vendidas 34 participações financeiras (de um total de 38), no valor de 84 milhões de euros.
Os capitais próprios aumentaram 167 milhões até 2023, líquido dos dividendos pagos ao Fundo de Resolução.
O empréstimo obrigacionista que tinha sido feito, no total de 746 milhões de euros, foi pago integralmente em 2022, três anos e meio antes do seu vencimento. A Oitante sublinha que poupou 110 milhões de euros em juros por ter antecipado o pagamento.
Notícia atualizada às 16h40 com informação sobre a evolução da empresa desde 2015