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Lucro da Sonae SGPS quebra 44% no semestre

Contas consolidadas da dona do Continente, Optimus e Sonae Sierra foram penalizadas pela retracção do consumo na Península Ibérica.

23 de Agosto de 2012 às 18:13
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A Sonae SGPS, "holding" que consolida os resultados da distribuição alimentar (Sonae MC) e especializada (Sonae SR), dos serviços de telecomunicações (Sonaecom) e da gestão de centros comerciais (Sonae Sierra, da qual detém 50%) do grupo Sonae, registou resultados líquidos após interesses minoritários de 20 milhões de euros, uma diminuição de 44% face aos 35 milhões de euros obtido um anos antes, anunciou a companhia esta quinta-feira.

Estes números foram superiores ao esperado pelos analistas consultados pela Reuters, que estimavam uma quebra de 57% para 15 milhões de euros.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) aumentou 1% em termos homólogos, para 266 milhões de euros. O EBITDA recorrente progrediu 7%, para 269 milhões de euros.

O volume de negócios consolidado nos primeiros seis meses pela Sonae SGPS foi de 2,53 mil milhões de euros, menos 2% que no período homólogo de 2011.

A empresa, em comunicado, justifica o desempenho dos lucros “em função essencialmente da não existência de resultados não recorrentes associados à venda de activos da Sonae RP [gestão de património imobiliário] (versus 16 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2011)”.

Além disso, o resultado líquido “registou os impactos do aumento do custo da dívida e dos resultados indirectos negativos associados às avaliações de centros comerciais na Península Ibérica”, factores “naturalmente dependentes da evolução da situação económica e de crise de dívida soberana em Portugal e Espanha. Impactos estes que, acredita a administração da Sonae SGPS, a presença “fora dos mercados ibéricos” da companhia “tem mitigado significativamente”. Nomeadamente, “através dos resultados positivos registados na valorização de centros comerciais no Brasil”.

Por áreas de negócios, a Sonae MC foi responsável por 1,53 mil milhões de euros do volume consolidado, “quase em linha com o ano anterior”, adianta a administração liderada por Paulo Azevedo. Já o EBITDA da área de retalho alimentar melhorou 13% no semestre, para 95 milhões de euros.

Retalho internacional cresce 20%

A Sonae SR (retalho especializado dentro e fora de Portugal) registou, por seu turno, um volume de negócios de 544 milhões de euros, menos 1% do que um ano antes, sobretudo devido às vendas internacionais, que “cresceram 20% no período”, representando agora 31% do total. A companhia detinha, no final de Junho, 136 lojas no exterior (Espanha, Turquia, arábia saudita, Egipto e Cazaquistão).

A companhia anunciou hoje igualmente a expansão para mais três mercados – Geórgia, Arménia e Azerbeijão – com a marca Zippy, até 2016. Em causa estão cinco lojas nesta região, através do acordo de “frachising” já anteriormente firmado com a entidade Fawaz Alhokair Group, anunciou hoje a empresa.

Investimento de 111 milhões

Entre Janeiro e Junho deste ano, o grupo investiu 111 milhões de euros, valor “essencialmente alocado à remodelação e manutenção dos activos de retalho em Portugal” e, “ao desenvolvimento da rede de telecomunicações, nomeadamente a implementação da rede 4G” no caso da Sonaecom.

Recorde-se que a Sonaecom, que apresentou contas a 24 de Julho, registou no período uma queda de 4,3% das receitas, para 406,9 milhões de euros e um aumento de 20% dos lucros, para 38,1 milhões de euros. Já a Sonae Sierra, que apresentou os dados semestrais no dia de 1 de Agosto viu os resultados indirectos penalizarem os lucros, que recuaram 78%, para 2,86 milhões de euros.
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