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Lucro da Ramada cai 31,1% para 3,4 milhões no primeiro trimestre

No período em análise, as receitas totais do Grupo Ramada ascenderam a 40,815 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 24,6% face ao valor registado no primeiro trimestre de 2022.

25 de Maio de 2023 às 19:36
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A Ramada Investimentos e Indústria fechou o primeiro trimestre de 2023 com lucros de 3,41 milhões de euros, menos 31,1% que no trimestre homólogo de 2022, foi comunicado esta quinta-feira ao mercado.

"O resultado líquido consolidado registado no primeiro trimestre de 2023 no valor de 3.413 milhares de euros, apresentou um decréscimo de 31,1% face ao resultado líquido do período homólogo", refere a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

No trimestre em análise, as receitas totais do Grupo Ramada ascenderam a 40,815 milhões de euros, apresentando um decréscimo de 24,6% face ao valor registado no primeiro trimestre de 2022. "Os custos totais ascenderam a 34.796 milhares de euros, registando uma redução de 25,0% face ao mesmo período do ano anterior", indica a informação do Grupo cujas empresas exploram negócios no segmento da indústria e do imobiliário.

Por sua vez, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) da Ramada fixou-se em 6,02 milhões de euros, menos 21,9% do que no primeiro trimestre de 2022.

O Grupo adianta ainda que o volume de investimentos atingiu no primeiro trimestre de 2023 cerca de 132 milhões de euros. Já o endividamento nominal líquido ascendia, em 31 de março de 2023, a aproximadamente 17 milhões de euros - contra 26 milhões de euros em 31 de dezembro de 2022.

Na informação enviada à CMVM, o Grupo Ramada refere que a "instabilidade no mercado e os 'stocks' muito elevados ao longo da cadeia de distribuição" levam a que se antecipe um segundo trimestre com "condições externas ainda mais desafiantes" do que as verificadas no primeiro trimestre.

"Apesar da redução de preços, em resultado, principalmente, da diminuição nos custos de energia, a procura tem-se mantido baixa, dada a perceção de que os preços praticados se mantêm elevados", refere a Ramada, acentuando que a baixa procura aliada aos níveis de atividade residual que as siderurgias apresentam "não geram ainda a confiança necessária para existir um reforço dos 'stocks'".

Os resultados por segmento de negócio indicam que a vertente industrial registou um resultado líquido de 2,42 milhões de euros no primeiro trimestre, caindo 38,2% em termos homólogo, tendo as receitas totais (de 38,75 milhões de euros), recuado 25,9% face ao primeiro trimestre de 2022.

No comunicado enviado à CMVM, o Grupo refere que a incerteza provocada pela guerra na Ucrânia, o contexto de inflação generalizada dos custos e de aumentos sucessivos das taxas de juro, "retraiu e adiou os investimentos nos setores de atividade da construção civil, equipamentos industriais e indústria automóvel".

Uma situação que levou já a que o último trimestre de 2022 tenha ficado marcado por um abrandamento nos mercados e na atividade das empresas, "comportamento que se manteve ao longo do primeiro trimestre de 2023 nas atividades de aços especiais e trefilaria".

No segmento do imobiliário, o Grupo fechou o primeiro trimestre com lucros de 994 mil euros, um decréscimo de 3,9% em termos homólogos.
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