O maior banco de concessão de crédito britânico alcançou este ano o seu primeiro lucro bruto desde a crise económica de 2008, a beneficiar da queda, para cerca de metade, das provisões.

O lucro foi de 2,2 mil milhões de libras (2,59 mil milhões de euros), comparado com uma perda de 6,3 mil milhões de libras (7,4 mil milhões de euros) em 2009, declarou o Lloyds citado pela Bloomberg.

Os economistas consultados pela Bloomberg tinham estimado que este lucro fosse, em média, de 2 mil milhões de libras (2,35 mil milhões de euros). As provisões caíram para 13,2 mil milhões de libras (15,51 mil milhões de euros) em 2010 comparadas com 24 mil milhões de libras (28,21 mil milhões de euros) em 2009.

“Alcançámos um ponto de mudança no nosso desempenho económico apesar do modesto crescimento económico”, disse o CEO Eric Daniels. “Enquanto que a diminuição significativa das imparidades é uma boa chave condutora para o regresso aos lucros, nós também estamos a ver um bom desempenho do negócio principal”, acrescentou.

O presidente executivo Eric Daniels voltou a tornar o banco lucrativo depois de, em 2008, ter comprado o HBOS, o que levou a uma perda de 13 mil milhões de libras (28,21 mil milhões de euros), e a uma intervenção governamental, com o Estado a injectar dinheiro, ficando com 41% do capital da instituição.

O seu sucessor, António Horta Osório enfrenta agora a pressão dos investidores para reduzir os custos, reduzir as provisões relacionadas com empréstimos de alto risco e eliminar a presença estatal no capital do banco.

Enquanto as provisões caíram no Lloyds nas unidades de financiamento privado e empresarial no Reino Unido, o lucro para 2010 foi influenciado por encargos de 4,3 mil milhões de libras (5,1 mil milhões de euros) com empréstimos de alto risco concedidos na Irlanda.