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Lisboa e Porto têm de definir até ao verão projetos para a próxima década
O ministro do Ambiente garante que o governo não tomará qualquer decisão sobre os projetos que as duas áreas metropolitanas vão fazer no âmbito do PNI 2030, mas avisou que para haver obra no terreno em 2021 os investimentos têm de ser definidos nos próximos meses.
O ministro do Ambiente e da Transição Energética disse esta terça-feira, na audição pública sobre o Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030, esperar que até junho ou julho as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto definam os investimentos que desejam fazer na próxima década.
O PNI 2030 apresentado pelo governo definiu para a Área Metropolitana de Lisboa 1,1 mil milhões de euros para a expansão da rede do metro e de metrobus e para a do Porto cerca de 600 milhões para o mesmo tipo de projetos, tendo João Pedro Matos Fernandes assegurado que "o governo não tomará decisão alguma sobre os investimentos a ser feitos".
No entanto, o governante salientou que "só conseguimos ter obra no terreno em 2021 se os projetos se iniciarem no terceiro trimestre deste ano", até porque tem de haver avaliação de impacte ambiental e o parecer do Conselho Superior de Obras Públicas.
Matos Fernandes admitiu que a área da mobilidade foi aquela onde Portugal "não conseguiu dar o salto" e salientou a necessidade de mudar os comportamentos.
O ministro frisou ainda a vontade do Estado "ser cada vez menos dono de obra" e que nos transportes "permitirá que sejam a áreas metropolitanas e as comunidades intermunicipais a fazer as opções".
O PNI 2030 prevê 620 milhões para o Metro do Porto e 445 milhões para o de Lisboa, alem de mais 1.015 milhões para o desenvolvimento de sistemas de transportes como metros ligeiros e metrobus, sendo que para a Área Metropolitana de Lisboa estão previstos 670 milhões e para a do Porto 240 milhões.