A Bidluck SA - que está a concorrer para a concessão da exploração dos casinos do Estoril e de Lisboa – quer construir um novo edifício para o casino que funciona no Parque das Nações que só vai abrir portas a 30 de setembro de 2025. Desta forma, caso a empresa vença o concurso, Lisboa ficará sem casino durante três anos, escreve esta sexta-feira o Público.

Como o Negócios avançou, a empresa que gere os dois casinos pode perder a exploração dos espaços. A concorrente da Estoril-Sol avançou com uma proposta que ultrapassa em 20 milhões de euros o valor do grupo gerido pelos descendentes de Stanley Ho e o cenário de o casino de Lisboa fechar portas até setembro de 2025 está a preocupar a Comissão de Trabalhadores da Estoril-Sol.

Caso a Bidluck avance para a construção de um novo edifício para o casino de Lisboa, terá direito a uma redução de 30% no valor da contrapartida variável que tem de pagar anualmente ao Estado, tendo em conta que só teria o casino a funcionar em 2025.

De acordo com o caderno de encargos, o montante da contrapartida anual fixa não pode ser inferior a 10.166.666,67 euros, a percentagem que incide sobre as receitas brutas dos jogos explorados foi fixada entre os 45 e os 50% e o mínimo da contrapartida anual variável é de 51.600.000,00 euros.

Se for a Estoril-Sol a vencer o concurso de concessão teria de pagar ao Estado um valor adicional à contrapartida anual fixa de 25 milhões de euros, tendo em conta que a empresa é proprietária de um edifício e o casino poderia entrar em funcionamento no imediato.