O leilão da eléctrica Copel, em que a EDP já manifestou interesse, poderá ser adiado, depois de um tribunal brasileiro ter suspendido uma audição pública que visava discutir os termos da operação com as companhias interessadas. O leilão da eléctrica Companhia Paranaense de Energia (Copel), em que a Electricidade de Portugal (EDP) já manifestou interesse, poderá ser adiado, depois de um tribunal brasileiro ter suspendido uma audição pública que visava discutir os termos da operação com as companhias interessadas.

O Estado brasileiro do Paraná, que controla a maioria do capital da Companhia Paranaense de Energia (Copel), tinha prevista para hoje a realização de uma audição com os potenciais compradores da empresa, visando a recolha de informação para decidir as condições do leilão da empresa.

No entanto, esta intenção foi inviabilizada pela decisão de um tribunal de primeira instância daquele Estado, que deu seguimento a um pedido interposto por sindicatos e partidos da oposição local, que se opõem à privatização da Copel.

O Estado do Paraná previa fixar o preço mínimo para o leilão das acções que detém na Copel, representativas de 56% dos direitos de voto da empresa, no decorrer do mês de Agosto, com a data de conclusão desta operação a estar inicialmente prevista para Outubro.

No dia 18 de Agosto, o parlamento do Estado do Paraná vai votar uma proposta, apresentada pela oposição, que visa impedir a privatização da companhia.

De acordo com os analistas, estas dificuldades não deverão ser suficientes para impedir a privatização da empresa, tendo em conta outros processos semelhantes que se desenvolveram ao longo dos últimos anos, mas pode adiar a conclusão do leilão por alguns meses.

As acções da Copel seguiam a ganhar 0,06% para os 17,70 reais (8,11 euros ou 1.626 escudos).