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Lecta «desiludida» com parecer do júri na privatização da Portucel
A Lecta diz estar «desiludida» por não ter sido recomendada pelo júri da privatização de 30% da Portucel para vencer o concurso. Num comunicado enviado pelo presidente da empresa franco-espanhola, Ron Singer, a Lecta diz que não vai tentar comprar outras
A Lecta diz estar «desiludida» por não ter sido recomendada pelo júri da privatização de 30% da Portucel para vencer o concurso. Num comunicado enviado pelo presidente da empresa franco-espanhola, Ron Singer, a Lecta diz que não vai tentar comprar outras parcelas da papeleira portuguesa.
A Lecta considera que, pela segunda vez, «se perdeu a oportunidade de criar o líder da indústria do papel no sul da Europa». A empresa pretendia fundir-se com a Portucel após a privatização, e diz agora que esse objectivo será muito difícil de concretizar.
«O nosso interesse na Portucel esteve sempre baseado na ideia de que nos tornaríamos accionistas de uma nova companhia criada a partir da combinação da Lecta e da Portucel, porque acreditávamos na força dessa companhia. Parece que há muitas dificuldades para conseguir essa união do lado português», lê-se no comunicado hoje apresentado.
O júri da privatização de 30% da Portucel, sem hierarquizar as propostas, considerou que só a Semapa reúne as condições do concurso. O relatório final do júri será entregue até amanhã.
A Lecta diz assim que vai perseguir outras alternativas para o desenvolvimento da empresa. Em Outubro do ano passado, um consórcio formado pela Lecta e a Cofina venceu o concurso de privatização de 25% da Portucel, mas o negócio acabou por ser inviabilizado por um grupo de accionistas liderado pela Sonae.
As acções da Portucel seguiam a descer 0,64% para os 1,55 euros.