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KPMG fecha contas de 2007 mesmo que Deloitte seja eleita

A KPMG, auditor do BCP há mais de uma década, fechará as contas do banco referentes a 2007, mesmo que a eleição de um novo revisor oficial de contas (ROC) seja aprovada na assembleia geral (AG) de hoje. Ao que o Jornal de Negócios apurou, há um entendimen

15 de Janeiro de 2008 às 00:04
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A KPMG, auditor do BCP há mais de uma década, fechará as contas do banco referentes a 2007, mesmo que a eleição de um novo revisor oficial de contas (ROC) seja aprovada na assembleia geral (AG) de hoje. Ao que o Jornal de Negócios apurou, há um entendimento tácito entre as duas facções de accionistas nesse sentido.

Deixar que seja a KPMG a fechar as contas do ano passado, cujos números preliminares já foram analisados pela equipa liderada por Filipe Pinhal, visa evitar um atraso na divulgação dos resultados. Se houvesse já uma mudança de auditor, a Deloitte (empresa de auditoria que deverá ser contratada) teria que começar do zero o trabalho de apuramento dos números, o que poderia demorar várias semanas.

Este cenário está afastado até porque, de acordo com o calendário de eventos do banco disponível no site da instituição, a apresentação dos números de 2007 está agendada para dia 22, ou seja, precisamente daqui a uma semana. No dia seguinte, será a vez dos analistas e dos investidores institucionais terem conhecimento das contas. Será também nesse dia que a nova equipa de gestão se dará a conhecer e terá a sua primeira prova de fogo junto do mercado.

Auditoria extraordinária não está em cima da mesa

O entendimento entre accionistas será válido mesmo que Luís Magalhães, responsável máximo da Deloitte em Portugal seja eleito ROC do BCP na AG de amanhã, o que não é líquido, uma vez que vários accionistas - Eureko e Teixeira Duarte, por exemplo - defendem que esta eleição deve ser adiada para Março.

Fonte próxima de um dos accionistas que fez esta proposta desdramatiza a divisão dos investidores em torno deste ponto. Segundo este responsável, não há qualquer intenção de fazer uma revisão às contas do banco nem de pedir uma auditoria extraordinária - como propõe Miguel Cadilhe -, apesar de estarem em curso investigações sobre alegadas irregularidades que, no limite, podem ter tido consequências nas contas passadas do BCP (oficialmente, o banco garante que todos os impactos já foram relevados).

Para os investidores que preferem que a eleição do ROC seja feita apenas em Março - na AG de aprovação das contas de 2007 -, o argumento é o de que os estatutos do banco estabelecem que é o conselho geral e de supervisão quem deve propor ao conselho de administração a contratação da empresa de auditoria. Isto depois do órgão de fiscalização escolher um auditor entre os que se apresentarem ao concurso que a comissão de auditoria deve promover.

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