Notícia
Justiça vai investigar vaga de suicídios na France Telecom
A justiça francesa vai investigar a vaga de suicídios na France Telecom na sequência de um relatório da inspecção do trabalho e de uma queixa de um sindicato, que criticam os métodos da empresa.
09 de Abril de 2010 às 14:22
A justiça francesa vai investigar a vaga de suicídios na France Telecom na sequência de um relatório da inspecção do trabalho e de uma queixa de um sindicato, que criticam os métodos da empresa.
Jean-Paul Teissonnisre, advogado do sindicato Sud, disse que a procuradoria de Paris vai abrir um processo "nos próximos dias" que será confiado a um juiz de instrução do pólo de saúde pública.
Em 2008 e 2009, o número de suicídios de assalariados da France Telecom ascendeu a 35, segundo a direcção e os sindicatos.
De acordo com um observatório do stress criado por dois sindicatos, 11 funcionários suicidaram-se desde Janeiro.
Estas mortes chamaram a atenção para os métodos de gestão da grande empresa de telecomunicações para adaptar um antigo monopólio público, que ainda tem 65% de funcionários públicos, ao novo mundo ultra-concorrencial da telefonia e Internet.
Em Fevereiro, um relatório da inspecção do trabalho evocou a possibilidade de infracções por "colocação em perigo de outros devido a métodos de organização (...) susceptíveis de prejudicar gravemente a saúde dos trabalhadores", assim como por "métodos de gestão característicos do assédio moral".
A inspecção do trabalho aponta nomeadamente "a política de reorganização e de gestão" posta em prática desde 2006 e sublinha que os dirigentes da France Telecom foram alertados "por diversas vezes (...) para os efeitos sobre a saúde dos trabalhadores".
O relatório põe em causa os altos dirigentes, entre os quais o antigo presidente Didier Lombard (na foto).
Jean-Paul Teissonnisre, advogado do sindicato Sud, disse que a procuradoria de Paris vai abrir um processo "nos próximos dias" que será confiado a um juiz de instrução do pólo de saúde pública.
De acordo com um observatório do stress criado por dois sindicatos, 11 funcionários suicidaram-se desde Janeiro.
Estas mortes chamaram a atenção para os métodos de gestão da grande empresa de telecomunicações para adaptar um antigo monopólio público, que ainda tem 65% de funcionários públicos, ao novo mundo ultra-concorrencial da telefonia e Internet.
Em Fevereiro, um relatório da inspecção do trabalho evocou a possibilidade de infracções por "colocação em perigo de outros devido a métodos de organização (...) susceptíveis de prejudicar gravemente a saúde dos trabalhadores", assim como por "métodos de gestão característicos do assédio moral".
A inspecção do trabalho aponta nomeadamente "a política de reorganização e de gestão" posta em prática desde 2006 e sublinha que os dirigentes da France Telecom foram alertados "por diversas vezes (...) para os efeitos sobre a saúde dos trabalhadores".
O relatório põe em causa os altos dirigentes, entre os quais o antigo presidente Didier Lombard (na foto).