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Investimento na energia eólica lidera projectos anunciados pelo Governo
A produção de energia eólica, com o objectivo de criação de um “cluster” industrial de equipamentos, é o programa que mobiliza maior investimento no quadro dos PIIP (Planos de Infra-estruturas de Investimento Prioritários), a executar até 2009, da lista n
A produção de energia eólica, com o objectivo de criação de um "cluster" industrial de equipamentos, é o programa que mobiliza maior investimento no quadro dos PIIP (Planos de Infra-estruturas de Investimento Prioritários), a executar até 2009, da lista não exaustiva apresentada hoje pelo Governo.
Dos 14 exemplos dados, que mobilizam um investimento total de 9.029 milhões de euros, a energia eólica, com o novo concurso para os pontos de ligação previsto para este mês, representa 2.530 milhões de euros. A componente eólica representa assim mais de metade da estimativa de investimento para o sector da energia, de 5.563 milhões de euros, que o primeiro-ministro considerou vital para a competitividade da economia.
Questionado sobre os outros projectos nesta área, o secretário de Estado da Indústria e Inovação, referiu a distribuição e as inter-ligações. Castro Guerra não revelou projectos concretos nem referiu os segmentos da produção érmica ou hídrica.
O presidente executivo da EDP, João Talone, que desconhece ainda quais os projectos apresentados pela eléctrica a ser contemplados pelo plano do Governo, afirmou a sua convicção de que estarão incluídas outros investimentos na produção eléctrica. A EDP propôs vários projectos de produção que incluem centrais térmicas e grandes hídricas.
O abastecimento e o tratamento de água são o segundo sector a receber mais investimento neste período, com um valor estimado entre 1.918 milhões de euros. Neste caso, o programa contempla investimentos já em fase de realização.
Banda larga e TGV
A alta velocidade ferroviária é o terceiro dos projectos exemplificados a mobilizar mais recursos até 2009, com um investimento previsto de 1.500 milhões de euros. Seguem-se as redes de banda larga, com uma estimativa de 1.008 milhões de euros. Na lista de exemplos apresentada, o novo aeroporto internacional de Lisboa, que o Governo assume já ser na Ota, tem uma dotação de 650 milhões de euros.
A política de cidades e reabilitação urbana surge com 520 milhões de euros, enquanto que as infra-estruturas para a gestão dos riscos públicos, capítulo cujos projectos não identificados, ficam com 350 milhões de euros. As infra-estruturas rodoviárias, surgem com surgem com mais de 300 milhões de euros, divididos pela conclusão da CRIL (concessão Grande Lisboa) com 167 milhões de euros e pela auto-estrada Amarante/Bragança com 150 milhões de euros.
No ambiente, o tratamento dos resíduos industriais recebe 150 milhões de euros.
Com dotações mais pequenas, surgem as redes urbanas para a competitividade e inovação, com 15 milhões de euros, a desmaterialização, eliminação e simplificação de actos e processos na justiça, com 14 milhões de euros, as tecnologias de informação e bilhética nos transportes garantem 53 milhões de euros e as redes de saúde, "contact center" ficam com quatro milhões de euros.