A InterCement, detida pela Camargo Côrrea, passa a ser titular directa de 411.036.784 acções, representativas de 61,17% do capital social da Cimpor, a que se somam os restantes 33% da Cimpor que estão na mão da casa-mãe Camargo Côrrea. Ao todo, a Camargo Côrrea responde por pouco mais de 94% da Cimpor, na sequência da oferta pública de aquisição lançada no final de Março do ano passado.  

Esta operação – concretizada através do administrador da InterCement Daniel Antonio Biondo Bastos – estava já prevista, já que a Votorantim ao trocar os 21,2% receberia em troca activos da InterCement. Esta operação foi a alternativa para a Votorantim não vender a sua posição na Cimpor na OPA da InterCement.

Assim, a Cimpor transferiu para a Intercement os activos detidos em Espanha (com excepção da Cimpor Inversiones S.A., Cimpor Trading S.A. e Cimpor Eco S.L.), Marrocos, Tunísia, Turquia, Índia, China e Perú, em conjunto com uma parcela equivalente a 21,21% da dívida líquida consolidada da Cimpor.

A Intercement, da Camargo Corrêa, utilizou estes activos para trocar pelos 21,2% que a Votorantim detém na Cimpor. O que foi hoje concretizado, segundo o comunicado da Cimpor à CMVM.

Para a Cimpor passar os activos para a InterCement acordou que iria receber os activos e operações de cimento e betão da InterCement na América do Sul (Brasil, Argentina e Paraguai) e em Angola – ou seja, actualmente 17 fábricas em operação, uma em construção e quatro em projecto.

Na sequência destas operações, a Cimpor passa a deter activos em 9 países: Portugal, Egipto, Cabo Verde, Angola, Moçambique, África do Sul, Brasil, Argentina e Paraguai.