Notícia
Insolvências em Portugal devem disparar 16% no próximo ano
Estimativas avançadas pela seguradora Cosec indicam que o número de insolvências em Portugal deverá aumentar 2% já este ano e 16% no próximo. Incerteza económica provocada pela guerra na Ucrânia e pela subida da inflação são "desafios adicionais para as empresas" e podem aumentar falências.
O número de insolvências entre as empresas portuguesas deverá voltar a disparar, aumentando quase 16% no próximo ano. A estimativa é avançada esta segunda-feira pela Cosec – Companhia de Seguro de Créditos, que alerta para as "sérias dificuldades" das empresas após o fim dos apoios do Estado à retoma pós-pandemia.
"Nos últimos dois anos, a pandemia levou o Governo a implementar vários mecanismos de apoio às empresas, o que terá permitido limitar o número de insolvências", indica a Cosec, em comunicado enviado às redações. Mas, como "a maioria dessas ajudas terminou no final de 2021", é esperado agora um aumento do número de insolvências.
A Cosec prevê que as insolvências aumentem 2% já este ano. O ritmo do aumento será mais expressivo a partir de junho, com as previsões da seguradora a apontarem para "um crescimento marginal mensal de 7% em comparação com o mesmo mês do ano passado". Já em 2023, é esperado que as insolvências subam 16%.
"Os efeitos são já visíveis, por exemplo, na subida de 19% dos Processos Especiais de Revitalização registados este ano, um sinal claro do aumento do número de empresas que enfrentem sérias dificuldades para cumprir pontualmente as suas obrigações", explica Maria Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração da Cosec.
A incerteza económica provocada pela guerra na Ucrânia e pela subida da inflação são "desafios adicionais para as empresas" e que, segundo a Cosec, "podem levar ao aumento das falências".
Na Zona Euro, prevê-se um aumento de 12% nas insolvências este ano, face a 2021, e 16% para 2023. A França é, entre as principais economias europeias, o país onde as insolvências mais deverão aumentar (33% no próximo ano, em comparação com 10% na Alemanha). À escala mundial, a estimativa do crescimento de insolvências é de 10% neste ano e de 14% em 2023.
"Nos últimos dois anos, a pandemia levou o Governo a implementar vários mecanismos de apoio às empresas, o que terá permitido limitar o número de insolvências", indica a Cosec, em comunicado enviado às redações. Mas, como "a maioria dessas ajudas terminou no final de 2021", é esperado agora um aumento do número de insolvências.
"Os efeitos são já visíveis, por exemplo, na subida de 19% dos Processos Especiais de Revitalização registados este ano, um sinal claro do aumento do número de empresas que enfrentem sérias dificuldades para cumprir pontualmente as suas obrigações", explica Maria Celeste Hagatong, presidente do Conselho de Administração da Cosec.
A incerteza económica provocada pela guerra na Ucrânia e pela subida da inflação são "desafios adicionais para as empresas" e que, segundo a Cosec, "podem levar ao aumento das falências".
Na Zona Euro, prevê-se um aumento de 12% nas insolvências este ano, face a 2021, e 16% para 2023. A França é, entre as principais economias europeias, o país onde as insolvências mais deverão aumentar (33% no próximo ano, em comparação com 10% na Alemanha). À escala mundial, a estimativa do crescimento de insolvências é de 10% neste ano e de 14% em 2023.