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Insolvências devem aumentar 19% em Portugal este ano

A Allianz Trade, acionista da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC), antecipa ainda que, após recuperação em 2022, as insolvências globais sofram uma subida de 21% em 2023 e de 4% em 2024.

DR
13 de Abril de 2023 às 10:42
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As insolvências em Portugal devem crescer 19% este ano, preveem especialistas da Allianz Trade, líder mundial em seguro de créditos, que reviram em alta ligeira as projeções para a Zona Euro, calculando agora que aumentem 23% em 2023, com economias como a França e a Alemanha a experienciarem um aumento significativo.

Em comunicado, enviado esta quinta-feira às redações, a acionista da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC) assinala que "com o fim dos confinamentos e da pandemia de covid-19, os apoios às empresas atribuídos pelos governos um pouco por toda a Zona Euro já terminaram ou estão a chegar ao fim" e que "empresas em vários países estão agora a fazer face aos encargos com empréstimos públicos obtidos durante o período pandémico, o que representa um desafio" a que acresce ainda a aproximação do termo também das "ajudas dadas pelos governantes para minimizar a forte escalada dos preços da energia, após o início da guerra na Ucrânia".

A Alemanha, principal economia do mercado da moeda única, deverá registar uma subida de 22% das insolvências, de acordo com os dados da Allianz Trade, constantes do estudo "No rest for the leveraged", enquanto a França, a segunda maior economia do euro, deverá ver as insolvências de empresas disparar 41% em 2023. Os Países Baixos também deverão vivenciar uma subida expressiva das insolvências, um crescimento na casa dos 52%, segundo antecipam os especialistas da líder mundial de seguro de créditos.

A manutenção da procura por bens e serviços em níveis abaixo do necessário para estabilizar as insolvências será outro fator a ajudar às dificuldades das empresas, indica a Allianz Trade, na mesma nota, em que aponta que "as previsões sugerem que a economia mundial registe neste ano um crescimento lento, depois de dois anos de pandemia, que causaram fortes perturbações nas cadeias de abastecimento, e mais de um ano de guerra na Ucrânia que fez disparar preços de matérias-primas e da energia".

Além disso, outro elemento a considerar, acrescentam os analistas, é que "uma pressão prolongada sob as margens de lucro das empresas, assim como dificuldades de financiamento, enfraquecem as almofadas financeiras das empresas do bloco da moeda única, podendo representar um teste à resiliência das empresas".

A acionista da COSEC enumera ainda outros "riscos para as empresas, que conjugados com um enfraquecimento da procura mundial por bens, podem significar uma redução da capacidade das companhias para fazer refletir nos consumidores a subida dos preços", ao admitir que os custos elevados de produção se mantenham e a recuperação dos salários e os efeitos prolongados do aumento das taxas de juro.

Além da Zona Euro, a Allianz Trade calcula também um aumento das insolvências no Reino Unido (16%), China (4%) e Estados Unidos (49%), entre outros. Já em termos globais, após  a pequena recuperação em 2022, de 2%, as insolvências globais deverão agora sofrer uma subida de 21% em 2023 e de 4% em 2024, conclui.
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